Festas e viagens fazem procura por testes para covid-19 em farmácia aumentarem em Santos

Para realizar o exame, que custa a partir de R$ 99,00, é preciso fazer agendamento, conforme farmácias consultadas pela reportagem

Por: Por A Tribuna.com.br  -  26/01/21  -  23:54
Prefeitura sustenta que regras mais rígidas ajudaram a reduzir taxa de contágio na Cidade
Prefeitura sustenta que regras mais rígidas ajudaram a reduzir taxa de contágio na Cidade   Foto: Divulgação/PMG

Festas e viagens estão entre os motivos que têm levado mais gente a fazer testes para covid-19 em farmácias. Há unidades que chegam a fazer mais de 20 exames por dia em Santos. A maioria trabalha com agendamento para dar conta da demanda e nem sempre é possível fazê-lo no mesmo dia.


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É possível fazer sorologia, RT–PCR, aquele conhecido como o do cotonete, e o PCR-Lamp (pela coleta da saliva). O custo, dependendo do tipo escolhido, parte dos R$ 99,00. O tempo para a indicação do resultado também varia com o modelo do exame: podendo levar meia hora ou até de três a quatro dias, caso a amostra tenha de ser enviada para laboratório.


>> Saiba mais informações sobre os tipos de testes para covid-19


O técnico em segurança Ronaldo Santos faz teste para coronavírus a cada 15 dias na empresa onde trabalha, mas acha importante ter opções. “Minha mãe tem 81 anos e a cuidadora dela foi viajar. Então, o teste de farmácia é uma opção para quando ela voltar ao trabalho e a gente vai se sentir mais seguro”.


Quantidade


Testar o maior número de pessoas tem sido o indicado por especialistas como arma eficiente na luta contra o avanço da doença. Porém, é preciso ficar atento ao tipo de exame para ter um resultado eficiente, alertam os especialistas.


“Neste momento, é muito importante fazer muitos diagnósticos, porque quanto mais se fizer, mais a gente vai ter a ideia de como está a pandemia, mais vai identificar casos e mais vai colocar essas pessoas em quarentena. A quarentena é extremamente importante para evitar o avanço da doença”, explica o infectologista e diretor da Sociedade paulista de Infectologia, Evaldo Stanislau.


Segundo a infectologista, professora da Unicamp e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Raquel Stucchi, o teste rápido de anticorpo, IgM e IgG, não é recomendado.


“Ele não serve para nada. Nem se positivo ou negativo. Já o teste de antígeno serve para falar se a pessoa está com covid-19”.


O indicado, no entanto, é fazê-lo entre o terceiro e quinto dia do surgimento dos sintomas. “Mas dá muito resultado falso negativo em quem não tem sinal de covid-19”, destaca Raquel.


Porém, se o resultado for positivo, em geral, a pessoa tem covid-19 e pode transmitir, diz Stanislau, ressaltando para a qualidade do produto. “A confiabilidade depende da marca e da realização correta. Mas é um alerta para que essa pessoa vá para casa, fique isolada, avise seus contactantes”.


Ele acrescenta ainda que os testes de antígeno são recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e têm sido cada vez mais ustilizados.“Mostram a presença do antígeno, que é uma partezinha do vírus e que, quando presente, significa que há vírus nessa pessoa; entretanto, precisam de uma interpretação feita pelo médico e de um contexto clínico epidemiológico”, informa Stanislau.


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