Federação Brasileira de Bancos alerta sobre os golpes mais aplicados em usuários

Setor investe R$ 2 bilhões para minimizar fraudes. Especialistas dão dicas de como não cair nas farsas

Por: Rosana Rife & Da Redação &  -  02/12/19  -  23:39
Percepção no mercado é que números ao redor de 20% ficaram para trás
Percepção no mercado é que números ao redor de 20% ficaram para trás   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta sobre os golpes mais aplicados em clientes da rede bancária no país. Na maioria deles, o correntista acaba caindo na conversa dos bandidos e fornecendo dados e senhas aos estelionatários.


O setor vem investindo de forma pesada para tentar evitar fraudes. São cerca de R$ 2 bilhões ao ano para tornar o sistema cada vez mais seguro. Porém, em 70% das ações, os bandidos usam a chamada engenharia social, técnica que induz o usuário a fornecer informações confidenciais, diz o diretor adjunto de Operações da Febraban, Walter de Faria.


Uma das táticas mais comuns é fisgar as pessoas com promoções tentadoras em redes sociais ou uso de páginas ou posts falsos em redes sociais como Facebook e Instagram.


“As pessoas clicam nessas ofertas falsas e passam as informações do cartão e as senhas. Aí, os bandidos acabam utilizando os dados para fazer compras não autorizadas pelos clientes”.


A situação piora quando há datas comemorativas, como o Natal, que vem se aproximando. Nesse momento, é hora de redobrar a atenção. “Se a pessoa tem certeza de que quer comprar o produto ou serviço, não deve clicar no link, mas, sim, irnapágina da empresa ou loja e conferir se a oferta é real, porque eles apostam na ansiedade do brasileiro”, acrescenta.


Em muitos casos, os criminosos também enviam e-mail chamando a atenção para cadastramento de senhas ou pagamento de dívidas e criam links que direcionam para páginas muito semelhantes às de grandes empresas ou bancos.


Nessas situações, a dica é: não clique em nada. Verifique se o remetente é realmente a empresa e, no caso da rede bancária, procure o seu gerente.


“Para se precaver, é importante certificar-se de que conhece o remetente da mensagem e se esse seria um conteúdo enviado por ele. Caso não conheça, não acesse links e não aceite anexos”, avisa o professor de Engenharia da Computação da Universidade Anhanguera, campus de Jacareí, André Olímpio.


Há outra dica para ajudar. “Passe o mouse por cima do e-mail (sem clicar) e, se aparecer algo diferente, pode ser um golpe. Caso o link falso tenha, ainda, alguma terminação como ‘.exe’ ou ‘.src’ é aplicativo que será baixado e instalado em sua máquina, podendo causar danos”, diz Olímpio.


Um lembrete: os bancos não pedem senhas nem dados por e-mail ou por telefone celular.


Boleto bancário


Outro golpe na moda é o do boleto bancário. Os fraudadores estão registrando um documento na base do sistema e, na hora de imprimi-lo, ocorre troca de dados do código de barras.


“A Febraban deu um prazo para os bancos, porque envolve tecnologia, para que, no momento da apresentação das informações dos boletos, se dê destaque ao nome de quem emitiu o boleto e ao nome do pagador”, afirma Olímpio.


>>Fique atento<<


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