Estudo mostra que futuro trabalhador deve ser flexível em diferentes áreas

Segundo estudo feito pelo Escritório de Carreiras da Universidade de São Paulo, áreas exigirão mais flexibilidade dos profissionais

Por: Da Redação  -  10/02/20  -  23:54
Projeto do Governo pode criar 4 milhões de empregos
Projeto do Governo pode criar 4 milhões de empregos   Foto: Fotos Públicas

Saúde, Transformação Digital, Segurança, Inovação, Educação, Entretenimento, Infraestrutura, Socioambiental, Energia e Ética serão as carreiras do futuro. Daqui a alguns anos, elas exigirão dos profissionais mais flexibilidade e disposição para a criação de caminhos que permitam a migração entre uma e outra.


É isso o que mostra um estudo do Escritório de Carreiras da Universidade de São Paulo (ECar, da USP). Com o olhar no futuro, o ECar aponta que as mudanças vividas pela sociedade provocarão alterações profundas no mundo do trabalho. Entender a carreira e a experiência como mais importantes que a profissão e a formação trará flexibilidade aos profissionais.


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Isso será fundamental para transitar por um mercado que será dividido entre as dez grandes áreas apresentadas. A coordenadora do ECar, Tania Casado, explica que o objetivo do escritório é orientar os alunos e a sociedade.


“É nosso papel, também, entender como o mercado vai se apresentar aos alunos que estamos formando e divulgar isso à sociedade. Com as mudanças social, política, econômica, ambiental e tecnológica, é claro que o trabalho também vai mudar”. Daí, diz ela, a necessidade de entender quais serão essas transformações e como se adaptar a elas.


Nova fórmula


O estudo não traz respostas a todas as perguntas, até porque essa ainda é a primeira de três etapas. Porém, segundo Tania, uma questão é clara: o trabalho do futuro passa pela combinação de conhecimentos. “Saber transitar entre diferentes setores e desenvolver habilidades que não tinham relação com seu ofício, a princípio, serão competências indispensáveis ao trabalhador”.


Embora a graduação seja importante, só essa formação não resolverá o problema de atuação profissional. Tania argumenta que, em breve, se lidará com as carreiras sem fronteiras, o que fará a barreira da formação desaparecer. “A pessoa pode ter formação em determinada área, mas continuará se aprimorando para entender como conversar com essas grandes áreas”.


Isso se aproxima muito do que a pesquisadora sobre Futuro do Trabalho Datise Biasi chama de pensamento em rede. Algo que, para ela, será essencial e permitirá que áreas como Administração e Engenharia abram uma ampla variedade de atuação, caso as pessoas queiram trilhar um caminho com grande quantidade de conexões, utilizando o conhecimento geral da graduação para ajustar atuações específicas.


Essa flexibilidade dará aos profissionais, no futuro, a garantia de atuar em situações dinâmicas e de mudanças constantes por causa da tecnologia. “Mais importante do que tentarmos decifrar as profissões do futuro é entendermos como temos a capacidade de nos desenvolver a partir da formação inicial”.


Adaptação


Além disso, com a tecnologia, a automação está dominando alguns setores, o que leva a um entendimento sobre quais atividades o ser humano precisa realizar sem competir com os robôs.


“Quando a gente estuda o futuro do trabalho, as áreas que serão mais valorizadas têm a ver com o cuidar, porque as máquinas não sabem fazer isso. Elas não cuidam de pessoas ou de negócios.


Depois, cada vez mais precisamos desenvolver os profissionais e as equipes que eles compõem. E, por fim, será preciso reforçar as conexões e usar a criatividade”, explica Datise.


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