O Governo do Estado espera definir o modelo de entrega das travessias marítimas à iniciativa privada em dois meses e concluir o processo ainda em 2019, segundo o diretor-presidente da Dersa, Milton Roberto Persoli.
São duas opções na mesa: concessão e Parceria Público-Privada (PPP). Na primeira, por exemplo, a renda da empresa que assume o serviço vem da passagem paga pelos usuários. Na segunda alternativa, a companhia pode ser exclusivamente remunerada pelo governo ou por uma combinação de tarifa e recurso público.
“Estamos atualizando relatório econômico, financeiro e operacional que temos de 2012, O estudo de viabilidade está caminhando para uma PPP, mas eu preciso ter o relatório e submetê-lo ao governo. Haverá ainda audiência pública e manifestação das empresas para ver como o mercado reage ao modelo de edital que iremos submeter”.
Segundo o diretor-presidente da Dersa, a previsão é bater o martelo sobre o modelo em até 60 dias, para que a licitação seja concluída ainda este ano.
Ele defende que a operação das balsas e barcas no Litoral Paulista seja tocada por uma empresa para que a qualidade do serviço melhore e o Governo do Estado economize.
“Todas as travessias dão deficit de R$ 40 milhões que o Estado subsidia anualmente. Se você joga na mão do privado, talvez melhore e comece a fazer uma gestão melhor dos contratos”.
Desde a campanha
Desde a campanha eleitoral, o governador João Doria (PSDB) defende a privatização das balsas e barcas, muito criticadas pela população.
A Dersa atualmente opera oito travessias: Santos-Guarujá, Bertioga-Guarujá, São Sebastião-Ilhabela, Iguape-Jureia, Cananeia-Ilha Comprida, Cananeia-Continente, Santos-Vicente de Carvalho e Cananeia-Ariri.