Escolas públicas da região participam de avaliação internacional de estudantes

Pisa para Escolas avaliará mais de 300 colégios da rede estadual

Por: Tatiane Calixto & Da Redação &  -  18/06/19  -  19:02
No total, a Secretaria de Estado da Educação atende a 3,5 milhões de estudantes
No total, a Secretaria de Estado da Educação atende a 3,5 milhões de estudantes   Foto: Tiago Queiroz/ AT

Mais de 300 colégios públicos de São Paulo deverão participar ainda este ano do Pisa para Escolas, a mais famosa avaliação internacional de estudantes. A Fundação Cesgranrio é a instituição credenciada para aplicar a prova em novembro.


Serão testados os conhecimentos dos alunos de 300 escolas da rede estadual de São Paulo e 40 escolas técnicas (Etecs) do Centro Paula Souza. Instituições particulares também poderão optar pela adesão, que é paga.


O Pisa é uma prova mundial aplicada a cada três anos desde 2000. Realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ela mede o conhecimento de jovens do primeiro ano do Ensino Médio em Leitura, Matemática e Ciências. O Pisa ganhou tanta importância que virou parâmetro para medir a qualidade da Educação no mundo, além de influenciar no planejamento da área em diversos países. O Pisa para Escolas utiliza os mesmos parâmetros da prova para países.


“A rede estadual de São Paulo não é apenas a maior rede pública do Brasil, mas também da América Latina. Queremos liderar não só nesta questão, mas também no desempenho”, afirmou em entrevista para A Tribuna o secretário executivo de Educação do Estado, Haroldo Rocha.


Ele garante que a pasta tem trabalhado para aumentar o desempenho da rede no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que no Ensino Médio, por exemplo, registrou queda na última edição (de 3,9 para 3,8, enquanto a meta era 4,6) e fez com que a rede perdesse a liderança que mantinha ao lado de Pernambuco, para ficar atrás também de Espírito Santo e Goiás.


Mas além de melhorar no Ideb, Rocha diz que São Paulo precisa ser competitivo em termos globais. “Por isso, negociamos nossa participação no Pisa para Escolas. Acertamos a participação de 300 colégios, que ainda serão definidos”, conta. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, os resultados fornecerão subsídios para tomadas de decisão.


Essa experiência de saber como os alunos estão comparados a estudantes de outros países, e de ter em mãos subsídios para melhorar a Educação foi importante para que o Centro Paula Souza decidisse bancar a participação no Pisa este ano.


Em 2017, quatro Etecs fizeram a avaliação a convite da Fundação Lemann, que selecionou 46 escolas públicas e privadas com bom desempenho em avaliações externas como o Enem e a Prova Brasil. As Etecs São Paulo, Guaracy Silveira e Jardim Ângela, na Capital, além da Etec de Novo Horizonte, tiveram desempenho superior ao de países como Finlândia, Japão e Canadá.


“Os resultados do exame contribuem para a identificação de lacunas de aprendizagem e o desenvolvimento de estratégias para superá-las” afirma a diretora-superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá. “O relatório do Pisa foi utilizado para orientação de reuniões pedagógicas e de coordenação de cursos, além de contribuir para o planejamento de gestão das unidades”.


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