Escolas da Baixada Santista não retomarão atividades em 8 de setembro

Mesmo com Estado permitindo aulas de reforço e atividades extracurriculares a partir de terça-feira, cidades priorizam ensino remoto

Por: Da Redação  -  04/09/20  -  09:35
Em Santos, escolas como a UME Ayrton Senna da Silva estão fechadas desde março
Em Santos, escolas como a UME Ayrton Senna da Silva estão fechadas desde março   Foto: Matheus Tagé/AT

Nenhuma escola da rede pública municipal da Baixada Santista deve abrir as portas na próxima terça-feira (8), data permitida pelo Governo de São Paulo para a retomada das atividades extracurriculares nas cidades que estão na fase amarela do Plano São Paulo - caso da região.


Questionadas por A Tribuna, as nove prefeituras disseram que as aulas remotas serão o foco. Tanto que quatro delas só terão atividades presenciais em 2021. Nem mesmo o Estado definiu quais colégios de sua rede funcionarão na semana que vem.
Há um mês, o governador João Doria (PSDB) explicou que, em setembro, haveria permissão para aulas presenciais de reforço, com uso de bibliotecas e laboratórios, com atendimento prioritário a alunos com deficit de aprendizagem.


Porém, a decisão final de abrir caberia a prefeitos e diretores de escolas. Em Cubatão, Itanhaém, Mongaguá e Praia Grande, após pesquisas com pais e discussões com especialistas em Saúde e Educação, ficou definido que as aulas tradicionais só voltarão no ano que vem.


Entre as cidades que ainda mantêm as portas abertas para um eventual retorno dos alunos às escolas em 2020, Santos ressalta não haver data definida para isso nem estimativa para as atividades extracurriculares. Explica, por nota, que realizou uma pesquisa com os pais de estudantes, professores e funcionários. A maioria disse preferir retornar somente em 2021. Conforme a Prefeitura, esses dados auxiliarão nas decisões.


Em Guarujá, também não há previsão da retomada das aulas presenciais na rede municipal. Desde o final de abril, os estudantes realizam atividades remotas. E assim como outros municípios fizeram, a Administração Municipal iniciou pesquisa para ouvir a opinião dos responsáveis pelos alunos sobre o retorno presencial. O resultado ainda não foi divulgado.


A Prefeitura de São Vicente informa que, ao menos por enquanto, tudo segue de forma remota e o “retorno se dará quando houver viabilidade”. Já em Peruíbe, é certo que, em setembro e outubro, não haverá volta às aulas nem às atividades de reforço. Por fim, em Bertioga, a Prefeitura informa que “um documento aprovado na reunião do Condesb orientou para que a região não volte com as aulas presenciais” até o fim do mês que vem.


Rede Estadual


Os colégios estaduais poderão receber presencialmente até 20% dos alunos matriculados a cada dia, independentemente da etapa de ensino. Só que ainda não é possível saber quais escolas estarão aptas a receber crianças e adolescentes a partir de terça-feira. Tudo porque, segundo a Secretaria de Estado da Educação, as unidades da Baixada ainda estão em diálogo com as comunidades escolares.


Em nota, ressaltou que cada escola possui suas demandas e necessidades específicas. “O retorno a partir de 8 de setembro não é obrigatório e deve ocorrer ou não mediante escuta da comunidade escolar. Os municípios também têm autonomia de interferir no calendário, embasados por dados epidemiológicos de suas regiões”.


Para garantir a segurança sanitária, o Estado comprou uma série de insumos a estudantes e servidores, como 12 milhões de máscaras de tecido, 300 mil protetores faciais de acrílico, 10.168 termômetros a laser, 10 mil totens de álcool em gel, além de reforçar os estoques de sabonete líquido, copos descartáveis e papel toalha.


Em Santos, escolas como a UME Ayrton Senna da Silva estão fechadas desde março e não há data certa para realização de atividades presenciais


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