Entregadores entram em paralisação após redução de pagamento na Baixada Santista

Funcionários que prestam serviços de entrega via aplicativo pararam atividades nesta quarta-feira (10), e reivindicam maior transparência da empresa responsável

Por: Por ATribuna.com.br  -  12/06/20  -  12:56
Motoristas e motoboys se concentraram em um dos galpões da empresa de entrega expressa
Motoristas e motoboys se concentraram em um dos galpões da empresa de entrega expressa   Foto: Arquivo pessoal/Diego Francisco

Um grupo de motoristas e motoboys que prestam serviços a uma empresa de entregas expressas em cidades da Baixada Santista paralisaram as atividades nesta quarta-feira (10), após mudanças no pagamento aos funcionários. Novas reuniões estão previstas para que haja um acordo e normalização dos serviços.


Um dos motoristas que aderiu à paralisação, Diego Francisco de Oliveira, de 27 anos, explica que os demais entregadores - motoristas de carros e motoboys - se concentraram nos galpões de entrega da empresa, em Santos e São Vicente, nesta quarta (10) e quinta-feira (11).


A reinvindicação diz respeito à diminuição do pagamento por pacote entregue. Antes, o valor era de R$ 3,00, mas a empresa diminuiu a taxa desde segunda-feira (8) para R$ 1,15. "Houve essa troca do preço e nós não fomos comunicados previamente. Ninguém da empresa soube nos informar ou explicar o motivo dessa mudança do valor. Por isso, decidimos aderir a essa paralisação", explica Diego.


O valor por pacote, ou ponto, como é denominado, é somado pela quantia por quilômetro rodado, com valor fixo de R$ 0,95. Diego, que está no ramo de entregas há três meses, desde que começou a pandemia do coronavírus, disse que ganhava em torno de R$ 1 mil a R$ 1.100 por semana. A empresa atende os mais variados setores de eletrônicos, redes de imóveis e demais aparelhos vendidos pela internet.


"A empresa tem bloqueado o acesso da nossa conta através do aplicativo, para que a gente desista da função, e eles consigam outras pessoas para fazer o serviço. Alguma pessoa ou outra consegue furar a paralisação, mas praticamente estamos com 90% dos entregadores paralisados", diz.


Segundo o entregador, na próxima semana, uma nova reunião deve acontecer para tentar selar um acordo. Segundo os entregadores, a reivindicação é que o valor de R$ 1,15 volte a ser de R$ 3,00. No site da empresa, o valor pago por ponto aos entregadores ainda consta como sendo R$ 3,00. As entregas são feitas nas cidades de Cubatão, Santos, São Vicente e Praia Grande.


A reportagem de ATribuna.com.br procurou a empresa para um posicionamento, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.


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