Empreendedores da região enaltecem popularização da cerveja artesanal

Conheça a história de empresários que mostram como o assunto é diversificado e apreciado na Baixada Santista

Por: Nathália de Alcantara & Da Redação &  -  16/08/19  -  17:58
Expressões genéricas serão substituídas por dados específicos dos ingredientes
Expressões genéricas serão substituídas por dados específicos dos ingredientes   Foto: Agência Brasil

Cerveja de mulherzinha que nada. “Cerveja de mulher é aquela que ela quiser”, dispara a sommelier de cerveja e relações públicas Giselle Sampaio Carneiro, de 26 anos. A paixão pela bebida começou ainda tímida na faculdade. Hoje, a história de amor virou jeito de ganhar a vida. Giselle é um dos tantos apaixonados pela bebida artesanal, que arrasta milhares de fãs na Baixada Santista. 


As primeiras bicadas foram suficientes para despertar o interesse em novos, diferentes e mais ousados sabores. Giselle teve paciência e logo houve a própria maturação de paladar, pulando das cervejas tradicionais para as artesanais e importadas. 


Como trabalhava em um bar de cervejas, se deu conta de que passava horas lendo os rótulos de cabo a rabo para indicar o produto ideal a cada cliente. “O mundo da cerveja é muito vasto. No começo, estudava por conta própria. Depois, fui atrás de um curso de sommelier na Capital”. 


Há pouco tempo, Giselle passou a produzir cerveja para consumo próprio, mas sempre conta com a opinião de familiares e amigos. Já são quatro no currículo. “Procuro variar, com cervejas bem diferentes entre elas”, explica a mulher que, além de ser raridade não só no ramo de sommelier de cervejas, mas também como cervejeira. 


Ela conta que, apesar do esforço, do estudo e da experiência, ainda ouve gracinhas por aí. “Só que uma das minhas produções é uma IPA (cerveja mais amarga e de origem inglesa com teor alcoólico médio). Ela tem 6,5% de teor alcoólico. Dou treinamentos para turmas só com homens e quero ter a oportunidade de mostrar que as mulheres têm muito espaço nesse ramo”, conta Giselle. 


Assunto sério 


Nascida nas panelas de Santos em 2014, as receitas desenvolvidas pelo cervejeiro caseiro Rodrigo Ribeiro Ramos, conhecido no meio como Bicudo, ganharam destaque. Publicitário de formação, teve três anos de degustações, erros e acertos até a marca Bicudo Brewing Company sair do papel em 2017. “Fazemos tudo com muito amor e suor para levar o melhor aos copos dos apaixonados pelas cervejas. Acreditamos em um novo produto para um velho mercado”. 


Aliás, toda a criatividade dos cervejeiros da região poderá ser mostrada no Concurso Cerveja Artesanal Santista, que inscreve até o próximo dia 23 pelo link http://bit.ly/2Zal1eZ. A inscrição custa R$ 100,00. 


Eugênio homenageia os canais e ícones de Santos 


Os canais de Santos ganharam sabor e aroma nas mãos de Eugênio Martins Júnior, gerente da Cais - Cerveja Artesanal. Ele produziu cervejas que levam os nomes Canal 1, Canal 2, Canal 3 e Canal 4. Até o lendário Dudu do Gonzaga, transexual pioneiro da região, está eternizado numa mistura de coentro e raspas, laranja, pimenta dedo de moça e noz-moscada. 


“Comecei a fazer cervejas por hobby. Hoje, gosto de valorizar Santos e destacar personalidades e pontos importantes. Na verdade, remeter a essas coisas. São mesmo uma homenagem. Eu queria que minha Cidade tivesse algo que a identificasse mesmo a quem não a conhece e isso fizesse sentido”. 


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