O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se reuniu com o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, na última terça-feira (22). Durante um almoço, o chefe do executivo paulista tratou de temas importantes para o estado. Entre eles, a construção da ponte que ligará as margens do Porto de Santos.
"Há mais de 80 anos que se trata esse assunto da ponte interligando o continente Santos a ilha do Guarujá, o destino turístico com maior movimento do estado de São Paulo. Nós conseguimos viabilizar, com a outorga da Ecovias, a implantação da ponte, sem investimento público. Investimento privado feito pela Ecovias. Na renovação do contrato, o governo de São Paulo abre mão de receber a outorga em dinheiro, em prol do investimento feito para implantação da ponte interligando o continente ao Guarujá. E, concluindo um sonho de mais de 80 anos dos que habitam dos dois lados", disse Doria, durante entrevista coletiva após o encontro, em Brasília.
O governador pediu o auxílio de Mourão para que a União dê a autorização para a construção da ponte, uma vez que o Porto de Santos, onde será erguida a estrutura, é uma área federal. No entanto, o tucano não deu mais detalhes sobre o posicionamento do vice-presidente.
A Reportagem tentou obter um posicionamento do gabinete da vice-presidência da República sobre o tema, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Sobre a ponte
O projeto elaborado pela Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), estabelece que a ponte terá cerca de 7,5 quilômetros de extensão entre a entrada de Santos e o acesso à Ilha Barnabé (Área Continental), 85 metros de altura e 325 metros de largura entre os pilares no vão principal. Haverá pedágio, com valor não divulgado, e o custo previsto da obra é de R$ 2,9 bilhões.