Dengue: baixar a guarda é um erro

Enquanto a covid-19 assombra a sociedade, doença transmitida pelo Aedes aegypti volta a dar as caras; Cubatão tem 502 casos em 2020

Por: Júnior Batista & Da Redação &  -  26/07/20  -  12:56
Aedes aegypti também transmite a doença; alerta para o Litoral
Aedes aegypti também transmite a doença; alerta para o Litoral   Foto: Portal Brasil

Com as atenções voltadas ao novo coronavírus, uma outra doença volta a dar as caras: a dengue. Em Cubatão, os casos saltaram 8.300% na comparação do 1º semestre de 2019 com o mesmo período este ano (de seis registros para 502). São Vicente e Guarujá também tiveram altas, enquanto Santos e Bertioga reduziram índices. 


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Em nota, a Prefeitura cubatense explica que essas variações, apesar de assustarem, sinalizam os ciclos da doença. A atual curva ascendente começou no 2º semestre de 2019. “Em abril e maio, ocorreram 13.328 visitas a residências. Mas as equipes da Zoonoses têm se deparado com casas fechadas. A cada dez visitas, seis são interrompidas por falta de acesso”.


Sem relaxar


O médico infectologista Ricardo Hayden alerta para o risco de relaxamento com a dengue por conta da covid-19. “Devido ao coronavírus, as pessoas têm medo de ir ao PS e não fazem diagnóstico correto. Mas, se houver persistência de sintomas por 12h e nenhuma melhora com analgésicos e antitérmicos, deve-se ir ao médico”.


A questão é se atentar aos sintomas. “Em geral, a dengue dá febre mais alta que a covid-19, mas as manifestações clínicas se confundem. Mesmo que haja risco, é melhor ir ao PS”. Ele reforça que é preciso aproveitar o isolamento para cuidar da limpeza na residência, eliminando focos do mosquito Aedes aegypti. “Quem mora em prédios pode pedir ao síndico para verificar o poço dos elevadores, que acumulam água”.


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