Profissionais da Saúde de Cubatão homenageiam colega que morreu por complicações da Covid-19; vídeo

Motorista socorrista do Samu, Adelson José da Silva, 67 anos, faleceu depois de se curar do novo coronavírus

Por: Marcela Ferreira  -  06/05/20  -  11:27
Adelson faleceu por complicações após se curar de Covid-19
Adelson faleceu por complicações após se curar de Covid-19   Foto: Reprodução/Facebook

O motorista socorrista do Samu Adelson José da Silva, de 67 anos, faleceu por complicações de saúde após ter se curado de Covid-19. Colegas profissionais da área da Saúde de Cubatão, onde ele atuava há 43 anos, prestaram uma homenagem nesta terça-feira (5) com uma carreata e uma salva de palmas no Hospital Municipal de Cubatão.


Publicações da família de Adelson nas redes sociais pediam que amigos e familiares orassem pela melhora do motorista, que estava internado na Santa Casa de Santos com teste positivo para o coronavírus. Segundo uma publicação de sua filha no Facebook, Adelson já estava curado da Covid-19, mas acabou falecendo em decorrência de complicações causadas pela doença.


Adelson faleceu por complicações após se curar de Covid-19
Adelson faleceu por complicações após se curar de Covid-19   Foto: Reprodução/Facebook

Como Adelson já estava livre do vírus, foi autorizada a cerimônia de sepultamento com a presença de família e amigos, que ocorreu nesta terça.


A filha do motorista, a decoradora Amanda Linkeives, de 38 anos, conta que o pai era muito querido pela comunidade e por isso recebeu tantas homenagens. "O meu pai era uma pessoa muito querida, não só pelos colegas de trabalho do Samu, mas por todos os funcionários da Prefeitura de Cubatão e moradores da cidade, porque ele era muito bacana, gostava de ajudar as pessoas, amava a profissão dele, o Samu era a vida dele".


Sobre a luta contra a Covid-19, Amanda conta que o pai contraiu a doença enquanto trabalhava. "Ele precisou ser hospitalizado e ficou na UTI por 19 dias. Durante 14 dias ele ficou na UTI de isolamento para tratar a Covid-19, só que o vírus causou um dano muito grande no pulmão. Ele tinha sido curado da doença, estava há 4 dias na UTI normal se recuperando, mas não resistiu a uma infecção bacteriana no pulmão".


A filha ainda lembra que Adelson havia pedido para ser afastado do trabalho no início da pandemia, já que fazia parte do grupo de risco por ser idoso e diabético. O pedido, no entanto, foi negado, e ele precisou continuar trabalhando como motorista socorrista.


"Desde que começou a pandemia ficamos preocupados dele pegar a doença por ser do grupo de risco, mas ele cumpriu com a missão dele de socorrista, mesmo sabendo que isso podia lhe custar a vida", lamenta Amanda.


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