Prefeitura de Cubatão desenvolve projeto de prevenção ao suicídio

Grupo de trabalho inclui diversas secretarias e apoio de especialistas externos

Por: De A Tribuna On-line  -  07/06/19  -  11:17
Post de jovem em rede social chama atenção para a prevenção ao suicídio
Post de jovem em rede social chama atenção para a prevenção ao suicídio   Foto: Adobe Stock

Novas formas de prevenção ao suicídio são estudadas em Cubatão, a fim de enfrentar um problema que afeta a população. Em reunião realizada na prefeitura, o professor-doutor João Marcolan, especialista em Saúde Mental, usou estatísticas para defender os estudos, junto ao chefe do Executivo municipal, Ademário Oliveira (PSDB), e equipes das secretarias de Saúde, Educação e do Fundo Social de Solidariedade.


“Em 2017, ocorreram em Cubatão 34 suicídios ou tentativas. Em 2018, foram 69 casos. Neste ano, somente nos três primeiros meses, foram 34 situações de suicídio ou tentativa", destacou Marcolan, usando estatísticas coligidas pela administração.

Entre as conclusões iniciais, está a necessidade de incluir em concursos públicos vagas para psicólogos, médicos, professores e assistentes sociais que possam compor uma equipe multidisciplinar de enfrentamento ao suicídio.

Um questionário também deverá ser elaborado para verificar no ambiente escolar, entre outros, se há situações potenciais de aflição entre a população, que possam levar ao suicídio. Além disso, deve ser feito um diagnóstico detalhado da situação no município, e um treinamento de profissionais de diversos setores. Também será detalhada a possibilidade de instalação de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) especializado em Infância e Adolescência.


Como observou, ainda, o professor João Marcolan, "o comportamento suicida é sempre multifatorial", isto é, não existem causas únicas, mas um conjunto de fatores que leva a pessoa ao comportamento extremo. Daí vem a importância de uma rede de acolhimento que possa tratar a situação. "Segundo a Organização Mundial da Saúde [OMS], 93% das mortes por suicídio são evitáveis" com essa rede de apoio em plena atividade, completou.

Participaram deste primeiro encontro, na quarta-feira (5), a presidente do Fundo Social de Solidariedade, Adeíza Monteiro Oliveira; as secretárias municipais Andrea Pinheiro (Saúde) e Márcia Terras (Educação); bem como o coordenador de ensino do Instituto Federal de São Paulo, Sérgio Alberto Holloway Escobar; a doutoranda em Saúde Mental pela Unifesp Sibele Santos Souza; a chefe do Serviço Municipal de Especialidades Pediátricas, Andressa Tavares Amorim Silva; e a chefe da Divisão de Saúde Mental, Selma Maria de Jesus Neves.


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