Maior favela da região inicia processo de reurbanização

Os moradores da Vila Esperança terão um motivo a mais para comemorar o aniversário de 70 anos de Cubatão: as obras de reurbanização da maior favela da Baixada Santista já começaram e irão beneficiar 3.200 habitantes com a entrega de 800 unidades habitacionais no bairro.

“A primeira fase [cujas obras tiveram início dia 30 de março e devem terminar em dois anos] compreende 80 apartamentos, nos fundos da Vila Natal, incluindo uma escola nova nas proximidades, seguindo-se outra fase com mais 720 apartamentos, abrindo assim novos espaços para a continuidade do projeto. Cerca de 220 residências já existentes devem ser consolidadas, recebendo o apoio da infraestrutura regular [água, esgotamento sanitário, eletricidade e arruamento]”, explica a secretária municipal de Habitação, Andrea Maria de Castro.

“A previsão é de que todo o projeto demore cerca de 12 anos para ser concluído. É necessário, ainda, um cuidado especial para que não ocorram reinvasões, paralisando toda a obra”, afirma Andrea.

Estrutura

Os conjuntos habitacionais terão estacionamento, salão de festas e áreas de lazer. Os imóveis serão destinados a famílias já cadastradas no programa habitacional e não poderão ser alugados ou vendidos. Os mutuários pagarão prestação de R$ 120 por mês, pelo período de dez anos.

O investimento do Governo Federal na obra é de R$ 130 milhões e prevê, ainda, a construção de uma escola de Ensino Fundamental e outra de Educação Infantil. “A expectativa é que tudo fique pronto em quatro anos”, acredita Andrea.

Déficit

Mesmo com as obras de reurbanização na Vila Esperança, Cubatão ainda registrará um déficit de 15 mil moradias.

“A prefeitura está trabalhando simultaneamente na regularização e urbanização da Vila dos Pescadores. Em setembro de 2017, foi anunciada a obtenção da licença ambiental para instalação do canteiro de obras”, lembra a secretária municipal de Habitação.

“O Serviço de Patrimônio da União estava ao mesmo tempo providenciando a regularização fundiária de toda a área de 2,8 milhões de metros quadrados e sua transferência para o município”, diz Andrea.

Ao mesmo tempo, ela afirma que outras áreas menores estão sendo regularizadas com apoio do Serviço do Patrimônio da União, a exemplo do Jardim Real. E algumas obras de menor porte estão em execução, como as que utilizam áreas do Parque do Trabalhador para beneficiar os moradores de alguns que vivem em condições de subhabitação.