Apesar da Usiminas de Cubatão ter sido proibida de demitir os 960 funcionários do quadro, ainda cabe à empresa entrar com recurso. A deputada federal Rosana Valle (PSB), que acompanha o caso, convocou uma reunião de conciliação por videoconferência a fim de buscar solução para as 900 demissões da siderúrgica.
Participaram a Usiminas, o Ministério Público do Trabalho, a Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia e o Sindicato dos Metalúrgicos.
A deputada alertou para o impacto social do problema diante das consequências econômicas e sociais da pandemia da Covid-19, “que já vem ceifando milhares de empregos no País”.
“Assistimos diariamente exemplos de empresas, com porte muito menor, contribuindo para o enfrentamento da pandemia no País com doações, apoios diversos e, sobretudo, com a manutenção dos postos de trabalho”, afirmou.
Rosana Valle disse que, após a pandemia, a atividade econômica será retomada e a siderúrgica necessitará desta mão de obra qualificada para atender seus fornecedores no Brasil e no exterior.
Proibida de demitir
A decisão que proíbe a Usiminas de demitir funcionários foi proferida nesta quarta-feira (20) pela juíza da 2ª Vara do Trabalho de Cubatão, Adalgisa Lins Dornellas, a pedido do Sindicato dos Metalúrgicos da Região. Cabe recurso, mas, por enquanto, estão preservados os 960 postos de trabalho que, de acordo com a entidade sindical, seriam cortados pela empresa, o equivalente a 60% do quadro da siderúrgica.
A decisão liminar da Justiça do Trabalho foi baseada, também, na Medida Provisória 936, que possibilita a manutenção dos empregos, mesmo com redução salarial, neste momento de pandemia.