Com números de casos em queda, Cubatão reduz estrutura médica para Covid-19

Vigilância Epidemiológica afirma registrar queda de novos casos, óbitos e de exames positivos; números permitem reduzir leitos e estrutura provisória do Pronto-Socorro

Por: Por ATribuna.com.br  -  31/08/20  -  13:46
A decisão foi tomada pela Secretaria Municipal de Saúde e pelo Comitê Municipal da Covid-19
A decisão foi tomada pela Secretaria Municipal de Saúde e pelo Comitê Municipal da Covid-19   Foto: Divulgação/FSFX

O Serviço de Vigilância Epidemiológica (SVE) de Cubatão apontou um cenário de desaceleração de novos casos de Covid-19 a partir do mês de julho na cidade. Com isso, a administração cubatense deu início à desmontagem de parte da estrutura provisória do Pronto-Socorro e redução de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da doença.


De acordo com a prefeitura, a retração na estrutura é de 43,4%, passando de 33 para 15 leitos clínicos e de 20 para 15 leitos de UTI no Hospital Municipal de Cubatão. Em nota, a secretaria municipal da Saúde informa que decisão “foi tomada com uma margem de conforto, sem contar que o município conta ainda com a retaguarda dos hospitais regionais de referência para a doença”. Na ocasião, cinco leitos estavam ocupados.


Redução


A desaceleração da pandemia em Cubatão pode ser exemplificada com redução do número de novos casos e óbitos, sinaliza o poder público. Os números foram apresentados pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica (SVE) durante reunião ordinária do Comitê Estratégico Municipal. Os dados de agosto, ainda em consolidação, também confirmam a tendência de menos casos.


Segundo o órgão, há uma média de 20 confirmações diárias de casos com sintomas de Covid-19 no período entre o final de julho e o começo de agosto. O número contrasta com a marca de 120 casos em 1° de junho. Os números se referem a testes tipo PCR.


Também aponta para a desaceleração da pandemia em Cubatão a relação entre casos positivos e testes tipo PCR realizados. Na semana entre 9 e 15 de agosto esse número foi a 10%, isto é: 10 resultados positivos a cada 100 testes realizados. Esse índice esteve acima de 70% entre 10 de maio e 13 de junho, caindo gradativamente em seguida.


Outro sinal indicado pelo órgão cubatense é o número de óbitos: foram dois entre 26 de julho e 1º de agosto e outros dois na semana seguinte (2 a 8). No ápice da pandemia, em maio, ocorreram 19 mortes entre os dias 17 e 23 e 22 mortes na semana de 24 a 30.


Em relação aos novos casos, a média móvel (média de casos atualizada dia a dia) apresenta declínio desde a segunda quinzena de junho, após um platô que durou as duas primeiras semanas do mês. Nesse período, cerca de 70 pessoas por dia apresentavam sintomas relacionados à Covid, seguidos de confirmação, com picos de mais 120 pessoas com início de sintomas em 1º de junho (como registrado acima) e cerca de 100 pessoas entre 8 e 15 de junho.


Testes


A relação entre o número de positivos e o total de testes tipo PCR realizados teve o maior patamar entre 10 de maio e 13 de junho. Em um primeiro momento desse período, até 30 de maio, foram realizados em média 500 testes tipo PCR por semana na cidade, sendo que a positividade ficou em 77% entre os dias 10 e 16, 73% entre os dias 17 e 23 e 74% entre os dias 24 e 30.


Na quinzena seguinte o número de exames realizados por semana passou de 700, o auge durante toda a pandemia, com 71% de positivos entre 31 de maio e 6 de junho e 72% de positivos entre 7 e 13 de junho.


A procura por exames continuou na faixa de 700 durante a semana seguinte, 14 a 20 de junho, porém com a positividade caindo de patamar, 61%. Nas duas semanas seguintes, com redução da procura (média de menos de 600 testes realizados), o índice continuou em queda: 53% entre os dias 21 e 27 de junho e 47% entre 28 de junho e 4 de julho.


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