Cresce número de mortes por afogamento na região

De janeiro a agosto deste ano foram 18% a mais os óbitos nas praias, em relação ao mesmo período em 2018

Por: Maurício Martins & Da Redação &  -  22/10/19  -  23:56
Segundo os bombeiros, número de mortes vem caindo ao longo dos anos, por causa de conscientização
Segundo os bombeiros, número de mortes vem caindo ao longo dos anos, por causa de conscientização   Foto: Irandy Ribas/ AT

O número de mortes por afogamento aumentou 18,2% de janeiro a agosto deste ano, em comparação ao mesmo período de 2018, na Baixada Santista. Dados do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) mostram que 44 pessoas morreram nas praias da região nos oito primeiros meses do ano passado, total que subiu para 52 em 2019.  


Até agosto, Praia Grande foi a cidade com mais afogamentos este ano: 15. Na sequência vem Mongaguá, com 12 (registrou o maior crescimento nas mortes, 200%), e Guarujá, com nove. Em todo o ano passado, foram contabilizados 80 afogamentos nas praias locais.  


Segundo os bombeiros, há uma tendência de queda nos afogamentos ao longo das últimas décadas, mas oscilações acontecem dependendo da quantidade de feriados no ano, do clima e até da situação econômica do País. Isso porque essas situações influenciam no volume de pessoas que procuram as praias. Quanto mais gente, mais situações de risco.  


“Quando começamos a fazer as estatísticas, em 1986, morriam cerca de 400 pessoas por ano nas praias de todo o Litoral. Hoje, o número fica abaixo de 100. Isso, com um número cada vez maior de pessoas nas praias. Aplicamos um conjunto de estratégias, como campanhas de conscienti-zação, incremento de guarda-vidas, equipamentos e treinamentos”, diz o major Ricardo Antoniazzi Pelliccioni, coordenador operacional do GBMar.  


Salvamentos  


A quantidade de salvamentos feitos pelos guarda-vidas também cresceu: 19,6% (de 1.134 para 1.357). Pelliccioni afirma que também há um trabalho para diminuir esses índices, já que o salvamento só é necessário quando o alerta não funcionou. “Nosso trabalho é de prevenção, o guarda-vidas fica apitando, orienta, coloca placas. As pessoas precisam de mais consciência para seguir as orientações”.  


Reforço 


Segundo o major, Estado e municípios já começaram a contratar guarda-vidas temporários para reforço na temporada de verão. Em todo o Litoral, a previsão é de que 900 agentes se somem aos 500 bombeiros que já atuam salvando vidas.  


“É importante evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas antes de entrar no mar, porque isso tem muita ligação com os acidentes. Outra questão importante é evitar a utilização de objetos flutuantes, como colchões infláveis. A pessoa vai para o fundo, perde o objeto e se coloca em risco”.  


Ele também recomenda cuidado em regiões costeiras, perto de pedras, em locais onde as ondas quebram.  


Logo A Tribuna
Newsletter