Os prefeitos da Baixada Santista decidiram pedir para os governos Federal e Estadual a manutenção de convênios e ampliação de leitos para atendimento a pacientes com Covid-19 até o mês de março de 2021. O posicionamento foi adotado em reunião do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) na manhã desta terça-feira (24), em Santos.
"Importante termos ações conjuntas. Os convênios têm duração até o final de dezembro. Estamos hoje encaminhado pleito para governador e presidente para que seja ampliado até março", disse o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa.
Na rede santista de atendimento, terminam em dezembro os contratos para manutenção do Hospital Vitória. para a continuidade das atividades, foram solicitados R$ 13,5 milhões ao Estado (R4 4,5 milhões ao mês). A unidade conta com 127 leitos, sendo 22 em UTI.
Já para a União, será pedida a liberação de recursos para custeio de 123 leitos de UTI em Santos. O custo é de R$ 5,9 milhões ao mês.
A medida se deve ao aumento no número de casos da doença e uma eventual segunda onda. O prefeito santista declarou ainda que a UPA Central do município receberá ampliação de 56 leitos de internação e dez de UTI, restando apenas a liberação de recursos.
“A estrutura já está pronta. Com os recursos liberados, a gente coloca a estrutura para funcionar em até 72 horas”.
Ele afirma ainda que, se for necessário, poderá reabrir leitos em unidades que foram desmobilizadas. “Temos a Afip, a UPA da Zona Leste. Mas, no momento, estamos trabalhando para não interromper serviços, como ocorreu no auge da pandemia”.
Também serão solicitadas unidades de UTI pediátrica. “Notamos internações de crianças. o número é baixo, mas está ocorrendo e precisamos estar estruturados. Estamos finalizando esses dados”, acrescenta Barbosa.
Testes
Outra iniciativa do Condesb ocorre em relação aos testes oferecidos à população. “Trabalhamos de forma conjunta na ampliação da capacidade de testagem, solicitando verba ao Estado. Se não houver, vamos injetar recursos municipais”, informou Barbosa.
O objetivo é oferecer mais exames do tipo PCR com resultados em até 72 horas começando gradualmente a partir de amanhã. Atualmente o prazo pode chegar a cerca de 20 dias.
“Significa que a pessoa faz o exame, cumpre a quarentena e não tem o resultado. Isso é inadmissível”, ressalta o prefeito santista, alegando que fará o pedido ao Estado. “O ideal é que se tenha um resultado em 72horas e, independentemente disso, vamos contratar a rede privada para fazer os exames com esse prazo”.
Os chefes de Executivo também decidiram pela instalação e manutenção dos centros externos de triagem nas UPAs e pela intensificação da fiscalização ao cumprimento das normas sanitárias.
Após a reunião, o prefeito de Guarujá, Válter Suman, declarou que nenhuma medida restritiva foi discutida no encontro, e que os munícipios irão aguardar um posicionamento do governo estadual. Neste momento, a Baixada Santista se encontra na fase verde do Plano São Paulo, o que permitiu diferentes tipos de flexibilizações.
"De nossa parte, estamos viabilizando todas as ações de fiscalização sanitária, orientação, medidas educativas e preventivas. Nenhuma medida restritiva foi definida neste momento, até porque o Governo do Estado, por meio do Plano São Paulo, vai se pronunciar no dia 30. Por hora, é a consciência de que o combate ao coronavírus é uma responsabilidade de todos nós", disse Válter Suman.