Coronavírus faz movimento em supermercados crescer 8,5% no estado

Pesquisa foi realizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) no último fim de semana

Por: Matheus Müller  -  17/03/20  -  18:40
  Foto: Alexsander Ferraz/AT

Aumentou em 8,5% o fluxo de pessoas em mercados e supermercados do Estado de São Paulo. A pesquisa, realizada no último fim de semana pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), leva em conta a preocupação dos clientes com o coronavírus - a comparação é com o terceiro fim de semana de fevereiro (dias 14, 15 e 16). Apesar do maior movimento, a entidade afirma que não faltam produtos.


A Reportagem passou por alguns estabelecimentos de grande e pequeno porte. O que se observou foram prateleiras com menos mercadorias, mas em processo de reposição. Os clientes também agiam sem desespero.


De acordo com a Apas, os produtos mais procurados foram álcool em gel e papel higiênico. “Os supermercados estão preparados para atender à demanda. Não há registro de desabastecimento nas lojas do Estado de São Paulo”.


Das pessoas ouvidas por A Tribuna, todas informaram comprar somente o necessário. Em comum, demonstraram preocupação sobre o coronavírus, mas entendem que ainda não há motivo para comprar em quantidade de estocagem.


“Vi a prateleira do macarrão um pouco mais vazia, mas nenhum produto em falta. Também não reparei nada das pessoas fazendo estoque”, comenta Fernanda Saul, professora universitária, que fazia compras de rotina.


O aposentado Claudinei Vieira de Almeida disse que precisava fazer compras e aproveitou para complementar a lista de produtos por conta do coronavírus. Ele ressaltou, porém, que não faria estoque. “Aumentei um pouco o orçamento do mercado. Principalmente para produtos de higiene e limpeza”.


Estoque


Os estoques dos supermercados paulistas continuam normais, segundo a Apas. “Toda a cadeia de abastecimento [indústria e transportes] está operando com regularidade e o abastecimento está com fluxo normal”.


A entidade informa que “a cadeia de abastecimento vem trabalhando para que os itens não faltem nas prateleiras e se mantenha um equilíbrio de preço nos pontos de vendas”. Diz, ainda, instruir os seus associados para que sigam as recomendações do Ministério da Saúde para garantir o bem-estar de clientes, fornecedores e colaboradores em suas lojas.


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