Coronavírus: Baixada Santista tem cinco casos suspeitos em análise

No total, são quatro pacientes em Praia Grande e um em Santos. Exames são analisados pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo

Por: Sheila Almeida & Da Redação &  -  02/03/20  -  10:36
Passageiros de voo vindo da Itália utilizam máscaras durante desembarque em São Paulo
Passageiros de voo vindo da Itália utilizam máscaras durante desembarque em São Paulo   Foto: RÔMULO MAGALHÃES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Os resultados que podem confirmar ou não casos de coronavírus na Baixada Santista devem sair esta semana. São cinco casos suspeitos na região. Um em Santos e quatro em Praia Grande, todos em análise pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. 


Em Santos, o terceiro caso suspeito (dois anteriores foram descartados) foi registrado na última sexta-feira (28 de fevereiro). A paciente é uma mulher idosa, de 75 anos, que esteve em viagem pela Itália e França, entre os dias 6 e 24 de fevereiro. Ela começou a apresentar febre, tosse, cefaleia e coriza no dia de retorno ao Brasil e procurou uma unidade de saúde pública do Município, na quinta-feira (27 de fevereiro). Recebeu atendimento e está em isolamento domiciliar. 


A Prefeitura informou que os resultados dos exames são liberados em um prazo de até cinco dias úteis – ou seja, no máximo até sexta-feira (6).


Dos quatro moradores de Praia Grande, três compareceram a hospitais particulares de Santos. São uma jovem de 20 anos que esteve na Itália e outras partes da Europa entre 19 de janeiro e 24 de fevereiro e um casal, composto por um homem de 74 anos e uma mulher de 67, que passou pelo Egito e Itália entre 5 e 22 de fevereiro. 


Já no Hospital Irmã Dulce, unidade de saúde praiagrandense, deu entrada um jovem de 21 anos que mora em São Paulo, mas estava em intercâmbio por países como Itália e Espanha. Ele voltou ao Brasil e foi visitar a mãe em Praia Grande.


Em todos os casos os pacientes estão sob acompanhamento das vigilâncias epidemiológicas dos respectivos municípios. 


Maior risco


Idosos e pessoas com doenças como diabetes, problemas cardíacos ou pressão alta têm maior risco de morte por coronavírus. A informação foi publicada na revista americana Lancet, que traz estudos científicos relacionados a saúde. 


Apesar de a taxa de letalidade da nova doença ser de 3,4%, em média, aos idosos com mais de 80 anos o risco de morte aumenta para 14,8%. Por isso, o infectologista Evaldo Stanislau explica que é momento de ter foco. 


“O coronavírus chegou. Não adianta sofrer a cada caso confirmado ou suspeito. Uma hora ele vai aparecer, todo mundo vai entrar em pânico, mas o problema é que depois todos esquecem. É preciso adquirir hábitos de higiene, até porque todas as outras doenças continuam aí”, diz ele, lembrando que a prevenção é igual contra o influenza, que mata mais que o novo coronavírus. 


“Se tiver que concentrar energias, eu concentraria nos grupos mais vulneráveis. Se você é idoso, tem uma doença crônica ou é imunodeprimido, redobre a cautela. Essas populações tem que tomar realmente cuidado”, diz Stanislau.


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