Comerciantes de Santos farão novo protesto pedindo reabertura de lojas

Após reunião com o ouvidor da prefeitura, que disse que a administração seguirá quarentena determinada pelo estado, comerciantes farão nova manifestação na próxima semana

Por: Régis Querino  -  24/04/20  -  11:44
Comércio do Centro de Santos se encontra fechado devido à quarentena
Comércio do Centro de Santos se encontra fechado devido à quarentena   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Uma comissão de comerciantes do Centro de Santos levou na tarde desta quinta-feira (23) à prefeitura uma proposta para flexibilizar a reabertura do comércio, mas depois de ouvir que a administração seguirá a quarentena determinada pelo Governo do Estado, até o dia 10 de maio,  foi prometida nova manifestação na próxima semana.


Na última segunda-feira (20), um grupo de comerciantes do Centro fez um protesto em frente à prefeitura, na Praça Mauá, pedindo a reabertura dos estabelecimentos. Eles agora se mobilizam para conseguir a adesão de donos de negócios de outros bairros de Santos. 


“Faremos outra manifestação terça [28] ou quarta-feira [29] com mais comerciantes, do Gonzaga, Boqueirão, Marapé, pedindo a abertura do comércio de maneira pacífica, sem nenhum ato político. Queremos apenas trabalhar”, diz Jean Carlos Lira dos Santos, membro da comissão de comerciantes que participou da reunião. 


Pela proposta, as lojas reabririam gradualmente, em horários escalonados, seguindo as medidas protetivas, como o uso obrigatório de máscaras e com a disponibilização de álcool em gel para os funcionários e público.


“A prefeitura pode determinar quantas pessoas entrarão em uma loja que tem 50 ou 100 metros. Se a loja não comportar cliente dentro, que o dono possa atender de um balcão do lado de fora”, sugere Jean Carlos.


Dono de quatro lojas de roupas no Centro de Santos, o comerciante disse que teve de demitir cinco funcionários e dar férias a outros cinco desde o dia 22 de março, quando passou a vigorar o decreto municipal determinando o fechamento do comércio considerado não essencial. 


“Agora, aderimos ao afastamento de dois meses proposto pelo Governo [Federal] para outros 15 funcionários”, diz Jean Carlos, referindo-se à Medida Provisória 936, que permite a suspensão do contrato de trabalho por dois meses. 


Prefeitura 


Procurada nesta quinta para comentar o encontro, a prefeitura não se manifestou. Na quarta-feira (22) à noite, em nota enviada para A Tribuna após a reunião do Condesb (Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista), a administração emitiu nota citando o comércio.


“Os nove municípios da Baixada Santista passarão a seguir conjuntamente as normas de quarentena estabelecidas pelo Governo do Estado, que ainda estabelecerá regras para uma retomada gradual das atividades comerciais a partir de 11 de maio, de acordo com a taxa de ocupação de leitos de cada região”.


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