Cinco cidades da Baixada Santista aderem a mudanças em currículos escolares

Está previsto para os próximos dias o início de uma ampla formação de professores. Ela é parte da adoção do Currículo Paulista pela Secretaria de Estado da Educação e pela União dos Dirigentes Municipais de Ensino (Undime).

O documento, homologado neste mês pelo governador João Doria (PSDB), reformula as estratégias pedagógicas e os conhecimentos a serem dominados pelos alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental à luz da Base Nacional Comum Curricular. A BNCC foi aprovada em 2017 e, segundo o cronograma, deve estar consolidada nas redes de ensino no ano que vem. 

A partir da próxima semana, estão previstos dois encontros com cerca de 350 profissionais e outro para mais de mil docentes de todo o estado. Eles serão os formadores na abordagem dos temas que vão estruturar o currículo, como educação integral, competências e habilidades e metodologias ativas.  

O objetivo é que os profissionais retransmitam esse conhecimento nas escolas onde trabalham. 

Segundo a Secretaria de Educação, 483 municípios aderiram ao Currículo Paulista. Na Baixada Santista, foram Guarujá, Itanhaém, Praia Grande e Santos. Mongaguá foi incluída automaticamente porque, segundo o estado e a prefeitura, não tem secretaria, mas um departamento de Educação.

Os demais municípios afirmam tomar providências, mesmo sem ter aderido ao projeto, para instituir um novo currículo. Cada rede tem autonomia para formular o seu. 

Apoio  

Cada município que faz parte do Currículo Paulista terá R$ 25 milhões, enviados pela secretaria, para ajuda na formação de docentes e na avaliação, a partir da aplicação subsidiada do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), e materiais de apoio, com a oferta de cadernos intitulados Ler e Escrever e EMAI.  

Conforme o Governo do Estado, a edição do Saresp de 2020 já será alinhada ao novo currículo.

Segundo Anna Anna Helena Altenfelder, membro do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), o principal desafio, agora, é garantir a formação dos professores.  

Para ela, os gestores precisam se perguntar como fazer com que palestras, encontros e dinâmicas capacitem o docente, de fato, para as situações em sala de aula.