Chuva gera alagamentos e congestionamentos na Baixada Santista

Previsão de mais chuva na região nos próximos dias deixou as autoridades municipais e estaduais em alerta

Por: Maurício Martins  -  03/02/20  -  22:49
Atualizado em 03/02/20 - 23:14
Alagamento na Avenida Nações Unidas, em São Vicente
Alagamento na Avenida Nações Unidas, em São Vicente   Foto: Reprodução

A chuva forte e contínua que atinge a Baixada Santista nos últimos dias e horas vem causando diversos transtornos à população. No início na noite desta segunda-feira (3), a cidade de Santos apresentou diversos pontos de alagamento, gerando lentidão no trânsito.


E a previsão de mais chuva na região nos próximos dias deixou as autoridades municipais e estaduais em alerta. Além de enchentes e queda de árvores, há risco de novos deslizamentos nos morros. Em Santos, do último sábado (1º) até às 15h desta segunda-feira, choveu 252,2 milímetros (mm), quase 90% da média para o mês de fevereiro todo, que é de 291 mm.


Os morros de Santos entraram em estado de atenção no sábado e três deslizamentos foram registrados: na Avenida Nossa Senhora, no Monte Serrat, na Rua São Fernando, no Saboó, e na Rua 8, no José Menino. Não houve feridos. 


Em vários pontos ocorreram alagamentos nesta segunda-feira, principalmente na Zona Noroeste e na entrada da cidade. Pelo menos duas árvores caíram no bairro Campo Grande, nas ruas Carvalho de Mendonça e Carlos Gomes. 


“Já acumulou bastante água no solo e a previsão é de mais chuva. Por conta disso, moradores dos morros precisam ficar atentos. Em caso de trincas nas moradias, árvores e postes inclinados e água barrenta descendo pela encosta, acionem a Defesa Civil pelo telefone 199”, afirma o geólogo Victor Arroyo, da Defesa Civil de Santos. 


Ele afirma que pouco mais de 4 mil casas estão hoje em setores de risco alto ou muito alto. Por conta do estado de atenção, os técnicos intensificaram as vistorias nessas áreas. As autoridades trabalham com quatros níveis: observação, atenção, alerta e alerta máximo. “Operamos com um plano preventivo, em toda a Baixada. Temos equipes reforçadas fazendo vistorias”, diz o geólogo.


Alerta estadual


A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC) emitiu nota informando que até sexta-feira (7) haverá condição para pancadas de chuva por todo o estado, com raios e rajadas de vento forte, além de queda de granizo em pontos isolados. A Baixada Santista é citada entre as regiões que mais serão afetadas e considerada área vulnerável. 


“Por conta desse cenário meteorológico, orientamos a todos que fiquem atentos a qualquer sinal de perigo, como desabamentos, desmoronamentos, deslizamentos, enchentes, alagamentos, enxurradas e ocorrências relacionadas com raios e vento”, diz a nota.


Outras cidades


A Defesa Civil de Guarujá afirma que o acumulado de chuva das últimas 72 horas foi de 90,0 mm, 34% do que é esperado para fevereiro. Nesta segunda-feira, o muro de uma casa no Morro da Bela Vista, na Vila Edna, caiu sobre outra residência. Duas pessoas sofreram ferimentos.


A Prefeitura de São Vicente informou que o índice pluviométrico acumulado registrado às 15h desta segunda-feira, com base nas 72 horas anteriores, foi de 252,2 mm, quando a média para o mês é de 400 mm. Embora a cidade tenha tido muitas ruas completamente alagadas, conforme registro feito pela TV Tribuna, a prefeitura disse que não foram registradas ocorrências ou pontos de alagamento. 


Em Cubatão, choveu 186,2 mm na região da Serra do Mar (Cota 400) nos últimos três dias e 119,2 mm no Centro. A média histórica é de 173 mm no município. Foram atingidos por alagamentos os bairros Ilha Caraguatá, Costa e Silva, Jardim São Francisco, Parque Fernando Jorge e Vale Verde. Não houve desabrigados. No domingo ocorreu um pequeno deslizamento no bairro Pinheiro do Miranda.


Em Praia Grande, choveu 215 milímetros em 72 horas. “A Defesa Civil da cidade encontra-se em estado de atenção, uma vez que os índices estão acima dos 80 milímetros”.


Bertioga informa que no acumulado nos três primeiros dias de fevereiro é de 91 mm de chuvas. Houve queda de árvores, porém não houve vítimas e dano ao patrimônio. A média de chuvas de 2019 é de 529 mm em 30 dias.


Mongaguá informa que, nas últimas 72 horas, foram registradas seis ocorrências (alagamentos). O acumulado de chuvas chegou a 211 mm. Já Peruíbe informou que ocorreu queda de pedras na estrada do Guaraú devido à chuva.


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