Centrais sindicais criticam Medida Provisória 927 de Bolsonaro: 'Mais um cruel ataque'

Força Sindical vai mover uma Ação Direta de Inconstitucionalidade para suspender efeitos da MP

Por: Da Redação  -  24/03/20  -  01:49
Bolsonaro está conversando com partidos para possível filiação, mas decisão só deve sair em 2021
Bolsonaro está conversando com partidos para possível filiação, mas decisão só deve sair em 2021   Foto: Carolina Antunes/PR

As centrais sindicais publicaram, nas redes sociais, vídeos e notas de repúdio e indignação sobre a Medida Provisória 927, publicada domingo (22) à noite. O texto altera algumas relações de trabalho e permite uma série de ações aos empregadores, como adiantamento de férias, férias coletivas, novo prazo para deposito do FGTS, antecipação de feriados, entre outras. Ações, segundo o Governo Federal, que podem ajudar a manter empregos.


A Central Única dos Trabalhadores (CUT), entidade ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT) e oposição ao atual governo, declarou que a medida é “mais um cruel ataque”.


O texto publicado no site da CUT segue dizendo que “é extremamente cruel e injusto que o governo, na contramão do esforço de outros países para garantir empregos, salários e condições mínimas de sobrevivência aos trabalhadores durante a pandemia do coronavírus, legisle justamente para suspender direitos no momento de maior fragilidade econômica e social do povo brasileiro”.


O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, usou o YouTube para falar da medida, a qual chamou de “um desastre”.


“Uma falta de sensibilidade total do governo, excluindo o sindicato de toda e qualquer negociação. É uma medida provisória autoritária e que, com certeza, vai prejudicar muito os trabalhadores. Estamos propondo uma Adin [Ação Direta de Inconstitucionalidade] para suspender os efeitos dessa medida. Queremos que o Congresso Nacional tome pulso disso”.


A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) postou no Facebook a seguinte mensagem: “A MP 927 é a sentença de morte dos sindicatos. Ela penaliza a classe trabalhadora e institui o trabalho análogo à escravidão na força de Lei. O Governo Bolsonaro adota uma medida amarga, algo sem precedentes na nossa história. Tudo isso acontece num momento dramático da nossa história, diante da crescente crise agravada pela pandemia do coronavírus”. As demais entidades seguiram na mesma linha crítica.


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