Casos de dengue têm aumento na Baixada Santista

Santos tem 96 casos, contra 38 em 2018

Por: Isabela dos Santos & Colaboradora &  -  05/07/19  -  17:40
Aedes aegypti também transmite a doença; alerta para o Litoral
Aedes aegypti também transmite a doença; alerta para o Litoral   Foto: Portal Brasil

O número de casos de dengue preocupa algumas cidades da Baixada Santista. Somente neste ano, Itanhaém registrou 416 casos da doença. Praia Grande tem 125 pessoas infectadas, e Santos está na terceira posição, com 96 ocorrências. O número no Município disparou, em comparação aos 38 casos registrados durante o ano passado inteiro. Guarujá registrou 73 pessoas infectadas até o momento.


O tempo instável de sol e chuva, com o clima às vezes frio e abafado, colabora com a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Segundo o site Climatempo, a previsão para esta sexta-feira (5), é de chuva e para o final de semana de sol com muitas nuvens, porém as temperaturas estarão abaixo dos 20˚C.


O médico infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo Evaldo Stanislau Afonso de Araujo explica o motivo. “Embora a gente não veja, os ovos permanecem nos locais em que foram colocados pelo mosquito. É como se eles ficassem em estado de “hibernação”. Quando chove ou faz muito sol é como se eles ‘despertassem’ e então se desenvolvem”.


O infectologista ainda alerta sobre a possibilidade de haver mais pessoas com dengue do que os casos confirmados, pois muitas têm a doença, mas não sentem os sintomas. “Nesses casos, é uma média de 6 a cada 10 casos”, afirma.


Ele também complementa que a Baixada Santista é alvo do mosquito por ser uma região metropolitana. As pessoas que circulam pelos municípios podem levar o vírus para áreas que não necessariamente tenham a presença do Aedes aegypti. “Porque o vírus está na pessoa, quando o mosquito pica alguém infectado, ele se torna transmissor e vai levar para outras regiões”.


Medidas


Realizar mutirões contra o Aedes aegypti é uma forma das cidades da região prevenirem mais casos de doenças. Os focos do mosquito são alvo dessas mobilizações. Em Peruíbe, já foram 1.504 focos erradicados neste ano. Praia Grande retirou 4 mil larvas, principalmente em ralos externos e vasos de plantas.


Em Santos, foram eliminados 992 focos com larvas nos 14 mutirões realizados neste ano pela Seção de Controle de Vetores da Secretaria de Saúde. Além disso, o município capturou mais de 2.900 mosquitos Aedes aegypti, no programa de monitoramento permanente com 439 armadilhas espalhadas pela Cidade.


Em 2018, ao total, foram 6.717 mosquitos capturados. Somente em junho deste ano, foram feitas 410 capturas, no mesmo período do ano passado foram 618.


As armadilhas atraem as fêmeas do mosquito, que utilizam o local para depositar os seus ovos. Mas elas ficam presas e morrem. Os agentes de controle de vetor vistoriam as armadilhas e fazem a contagem dos mosquitos.


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