Com o objetivo de alertar para as situações de violência sexual, trabalho infantil e violência física sofridas por crianças e adolescentes e convocar cada pessoa a prevenir e denunciar, está sendo lançada a campanha A proteção de crianças e adolescentes está em suas mãos.
A ação é uma realização do Unicef em parceria com Ministério Público do Trabalho (MPT), Agenda Pública e Instituto Camará Calunga, abrangendo oito municípios do Litoral Sul: Cananéia, Ilha Comprida, Iguape, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, São Vicente e Praia Grande.
A campanha faz parte da iniciativa Crescer com Proteção e conta com vídeos, artes e materiais nas redes sociais que explicam exemplos de violências e formas de denunciar.
Em paralelo, cartazes estão sendo distribuídos em escolas, unidades básicas de saúde, conselhos tutelares, secretarias e prefeituras, chamando atenção para a necessidade de se enfrentar essas violências, mudar posturas e denunciar através do Disque 100.
“É preciso que cada adulto perceba que atitudes violentas são as piores formas de se lidar com uma criança, provocando impactos negativos por toda a sua vida. Proteger cada menino e menina é papel de todos”, avalia Adriana Alvarenga, coordenadora do Unicef em São Paulo.
Mais riscos na pandemia
Conforme Stella Ottengy, coordenadora de Projetos da Agenda Pública, com a pandemia, a suspensão de aulas presenciais e a instabilidade do mercado de trabalho aumentaram os riscos de violências e trabalho infantil.
“Por isso, as medidas tomadas para manutenção das atividades do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente nos municípios são indispensáveis. É necessário fortalecer os atores envolvidos nesse sistema para que saibam como proceder da maneira mais efetiva diante de situações de violência”, afirma. Para ela, o papel da sociedade civil na proteção de crianças e adolescentes é fundamental.
“O trabalho infantil pode trazer grandes prejuízos às pessoas menores de 18 anos, além de ser a porta de entrada para outros tipos de violência e para a criação de um ciclo de pobreza”, afirma Gustavo Rizzo Ricardo, procurador do MPT.