A Baixada Santista deve ter mais 125 vagas para atendimento de pacientes com covid-19, sendo 66 para ala de enfermaria e 59 para Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Das nove cidades da região, cinco já estão em processo de abertura de leitos.
Santos terá a partir de sexta-feira mais 60 vagas em funcionamento, sendo 40 de clínica médica e 20 para UTI. Os novos leitos serão abertos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central. O custeio será de R$ 1,5 milhão por mês, diz o secretário de Saúde, Fábio Ferraz.
“Temos dois pavimentos prontos na UPA com essa finalidade para atender a partir de sexta-feira. Período adequado para a contratação de profissionais que irão atuar lá e também para a aquisição de insumos”.
Com o incremento de vagas, Município passa a ter 240 leitos de clínica médica e 149 de UTI. Haverá a criação de outras vagas, caso necessário, avisa Ferraz. “À medida que houver uma evolução do quadro, vamos tomando as decisões. Hoje temos pouco mais de 50% de ocupação na rede pública. Ainda é um percentual estável. Claro que a gente desejava um índice menor. Mas se for necessário, trabalharemos para isso”.
Outras cidades
Guarujá obteve uma verba de R$ 2,3 milhões para contratação de mais dez leitos em UTI no Hospital Santo Amaro (HSA). O recurso foi aprovado pelo Fundo de Desenvolvimento Metropolitano da Baixada Santista (Fundo), órgão da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem). Com esse reforço, o Município passa a contar com 55 acomodações em UTI, 73 de enfermaria, somando 133 leitos para o novo coronavírus.
Cubatão já aprovou a criação de mais 10 leitos, sendo quatro para UTI e seis para enfermaria. Eles serão ativados conforme houver necessidade. Atualmente a cidade possui 14 vagas em UTI, sendo 10 SUS e 4 particulares.
Já Peruíbe irá ampliar de quatro para oito o total de leitos clínicos na UPA. “Já o Hospital Regional Jorge Rossmann, em Itanhaém, ampliará seus leitos de UTI de cinco para 20 leitos”. A unidade é a referência para internações de casos graves em Peruíbe e também em Itanhaém.
Bertioga já iniciou estratégia para reimplantação de dez leitos de UTI e 16 clínicos. Sem informar os valores, o Município diz que arcará inicialmente com recursos próprios para isso, porém planeja solicitar verbas pra os governo do Estado e Federal auxiliar nas despesas. Hoje o município conta hoje com cinco leitos de UTI e oito clínicos de retaguarda.
“A reabertura de leitos, sem dúvida, só está ocorrendo porque há uma demanda muito grande de pacientes que precisam ser internados e cada um de nós, hoje, é responsável pelo rumo da pandemia. Se cada um fizer o papel de não aglomerar, usar máscara, higienizar as mãos, conseguiremos controlar esse aumento de casos e internação, sem penalizar a economia”, analisa a médica infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Raquel Stucchi.
Na expectativa
A Diretoria de Saúde de Mongaguá está alinhando com o Governo do Estado a manutenção de mais vagas no Hospital Regional de Itanhaém, que também é referência para o Município. A Cidade conta com quatro leitos na UPA, porém todos estão ocupados.
Sem alterações
A Prefeitura de Praia Grande informa que mantém a estrutura inicial de atendimento, destacando 30 leitos de UTI no Hospital Irmã Dulce e o atendimento específico nas 30 Usafas.
A Secretaria de Saúde de São Vicente (Sesau) informa que mantém dez leitos de enfermaria e nove de UTI específicos para atendimento a pacientes com Covid-19.