Baixada Santista tem 230 casos de sarampo em 2019

Santos lidera o número de registros, com 63 desde janeiro; também há outras 416 situações em investigação na região

Por: Da Redação  -  14/12/19  -  17:24
Objetivo é aumentar cobertura vacinal da campanha em todo Estado de São Paulo
Objetivo é aumentar cobertura vacinal da campanha em todo Estado de São Paulo   Foto: Alexsander Ferraz/AT

A Baixada Santista chegou aos 230 casos confirmados de sarampo este ano. Outros 416 ainda estão em investigação na região. Quem quiser, ainda pode tomar a vacina no posto de saúde mais perto de casa e se proteger da doença.


Santos é a cidade com mais registros, somando 63 desde janeiro. Ainda há 100 casos em investigação. Na sequência, Praia Grande teve 114 pessoas com a doença e outros 49 casos aguardam resultado.


Já de olho no próximo ano, está prevista campanha nacional de vacinação contra o sarampo de 10 de fevereiro a 13 de março para faixa etária de 5 a 19 anos. O dia D será em 15 de fevereiro com a vacina tríplice viral.


Já para o público-alvo de 30 a 59 anos, a vacinação será no mês de agosto, com ida D de mobilização em 22 de agosto com as vacinas tríplice viral e dupla viral.


Segundo o infectologista Jacyr Pasternak, a maneira mais eficaz de estar protegido é tomar a vacina. “Ela está disponível na rede pública de saúde e não tem contraindicação. Basta tomar uma picadinha para estar protegido”.


Proliferação


Sobre a doença ter voltado a atacar com tudo e causado dor de cabeça nas autoridades, o especialista explica que o sarampo nunca foi erradicado no mundo. “Quando o vírus entra em cidades com muita gente, ele se espalha rapidamente por encontrar pessoas vulneráveis, ou seja, sem a vacinação em dia”, diz Jacyr.


A também infectologista Jussara Oliveira ainda explica que o sarampo fica incubado em torno de duas semanas antes de começar a manifestar sintomas. E, quem não sabe se já tomou a vacina na vida, a infectologista recomenda que é melhor tomar de novo.


“A doença costuma ser mais cruel nas crianças e em idosos. Mas ela é grave para todos, pois pode causar complicações como inflamações no cérebro e nos pulmões”, diz ela.


Sobre os riscos do sarampo numa gravidez, a médica explica que, no primeirotrimestre, o vírus pode causar aborto. “A partir do meio da gestação, há risco de trabalho de parto prematuro e, no final da gravidez, infecção grave no recém-nascido”.


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