Baixada Santista pode perder R$ 3,1 bi devido ao impacto do coronavírus

Estudo da Análise Econômica Consultoria afirma que queda será puxada por serviços, segmento que corresponde a 78,4% do PIB regional

Por: Júnior Batista & Da Redação &  -  27/03/20  -  21:55
Comércio do Centro de Santos se encontra fechado devido à quarentena
Comércio do Centro de Santos se encontra fechado devido à quarentena   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Se a Baixada Santista seguir a previsão de queda de 3% a 5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano devido ao impacto do coronavírus na saúde e no isolamento social, a economia regional perderá por volta de R$ 3,1 bilhões. A conta é da Análise Econômica Consultoria. 


O estudo afirma que a queda será puxada por serviços, segmento que corresponde a 78,4% do PIB regional. No ano passado, a soma de tudo que foi produzido na região foi de R$ 62,6 bilhões. 


“O Brasil é um país altamente dependente deste setor, que está parado nessa época de quarentena. Isso faz com que o comércio varejista seja o primeiro a sentir os efeitos da crise. É preciso que o governo haja rapidamente para evitar um colapso”, aponta o economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo. 


O Banco Central (BC) estima que um ano perdido para a economia brasileira. O Ministério da Economia, antes da crise do coronavírus, previa crescimento 2,2%, que foi revisado para 0,02%. Mas o governo também espera recessão técnica este ano – quando há queda no PIB por dois trimestres seguidos. 


“As micro, pequenas e médias empresas são o carro-chefe da nossa economia, não só aqui, mas no Brasil como um todo”, diz o economista-chefe da consultoria. 


São Vicente, que tem contribuição majoritária do PIB por meio do comércio, pode perder até R$ 500 milhões este ano. “Os serviços praticamente sumiram nesses dias. Temos que ver como o governo vai cuidar disto, pois a crise nos deixou altamente vulneráveis às pressões externas”, afirma. 


Galhardo diz que a solução para mitigar essas quedas vem do Governo Federal, que precisa injetar dinheiro na economia. “Algumas soluções já foram até apontadas, como mais saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), antecipação do 13º e até ajuda em dinheiro mesmo podem ser algumas opções”, afirma ele.


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