Baixada Santista já gastou mais de R$ 154 milhões com pandemia

Despesas englobam dinheiro das prefeituras e repasses dos governos Estadual e Federal

Por: Maurício Martins  -  02/06/20  -  17:00
Entre os investimentos da Prefeitura de Santos estão mais leitos nas UPAs
Entre os investimentos da Prefeitura de Santos estão mais leitos nas UPAs   Foto: Matheus Tagé/AT

As cidades da Baixada Santista já gastaram mais de R$ 154 milhões exclusivamente para enfrentamento à pandemia de coronavírus. O montante tem como base informações de oito municípios da região - apenas Mongaguá não informou os números, alegando “problema técnico”. 


A quantia investida pelas cidades em ações para conter a epidemia, cuidar dos pacientes infectados ou ajudar pessoas carentes durante a crise, equivale a mais que o dobro do orçamento de Itanhaém com a Saúde, por exemplo. O valor previsto para a área no Município era de R$ 75,5 milhões em 2020. Também representa 71,9% do que Cubatão projetou para o setor este ano: R$ 214,1 milhões.    


Santos é a cidade que concentra mais gastos. Foram investidos R$ 57,6 milhões no enfrentamento da pandemia na Cidade, R$ 50,3 milhões só na área da Saúde e outros R$ 7,3 milhões em outros setores. Desse total, 51,7% são de recursos federais, 32,4% municipais e 10,2% estaduais e o restante de outras fontes.  Até o momento, foram quitados R$ 8,7 milhões, o restante está empenhado para pagamento.  


Em Guarujá o valor chegou a R$ 37 milhões, a maior parte na Saúde, mas R$ 1,3 milhão foram em iniciativas de outras secretarias. Dos cofres da Prefeitura são R$ 18,3 milhões, o Governo Estadual colaborou com R$ 4,8 milhões e a União com R$ 5,2 milhões.  


A Cidade ainda transferiu R$ 8,5 milhões do Fundo Municipal do Meio Ambiente para de Saúde. Disso tudo, R$ 17,3 milhões já foram efetivamente pagos e o restante está empenhado para futuro pagamento. 


A Prefeitura de São Vicente informa que o montante gasto soma R$ 7,7 milhões. Do Estado, vieram R$ 3,6 milhões, da União, R$ 3,2 milhões, e do Ministério Público Estadual, R$ 608 mil. Houve ainda R$ 300 mil de uma emenda federal. Desses valores, a Administração Municipal ainda precisa quitar R$ 2,9 milhões programados.


Praia Grande soma R$ 19,5 milhões em recursos destinados à epidemia, R$ 11,5 milhões já pagos. Além da Saúde, o Município explica que investiu nas áreas de Serviços Urbanos, Assistência Social e Segurança. Desse total, 80% é de dinheiro municipal, 17% estadual e 3% Federal.  


A Prefeitura de Cubatão informa que a quantia extra aplicada no controle da pandemia na Cidade chegou a R$ 21,7 milhões, dos quais R$ 6 milhões já foram quitados. O dinheiro tem a seguinte origem: 53% recurso municipal, 45% Federal e 2% estadual. 


Bertioga precisou de R$ 6 milhões extras para fazer frente à pandemia até o momento. A maior parte dos recursos é do próprio Município: R$ 3,8 milhões, o restante divido entre Estado e Governo Federal. Só a Secretaria Municipal de Saúde contratou despesas que chegam a R$ 4,9 milhões.  


Em Itanhaém, as receitas extras para a pandemia somam R$ 2,3 milhões. Desse montante, o Poder Judiciário destinou R$ 369,9 mil, o Governo Federal R$ 965,2 mil e o estadual R$ 1 milhão. 


“Os gastos liquidados foram direcionados, nesse primeiro momento, para a compra de equipamentos de segurança pessoal no valor de R$ 516.772,45. Outros processos para aquisição de materiais e equipamentos estão em fase de licitação, incluindo aqueles destinados à unidade de apoio à UPA, com 30 leitos de estabilização”, explica a Prefeitura de Itanhaém.   


Peruíbe investiu R$ 2,2 milhões: 52% da União, 40% da Prefeitura, 8% do Estado.  


Logo A Tribuna
Newsletter