A Baixada Santista gastou, em média, R$ 629,52na saúde de cada habitante durante o ano de 2017. É o que revela um levantamento divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
O valor é superior à média nacional. Segundo a CFM, a análise apontou que o investimento médio por habitante na saúde, no Brasil, é de R$ 403,37. O balanço contabiliza os recursos próprios de cada município em Ações e Serviços Públicos de Saúde declaradas no Sistema de Informações sobre os Orçamentos Públicos em Saúde (Siops)
No país, cerca de 2.800 cidades investem menos do que a média. Na região, apenas São Vicente não atingiu o valor. O município apresentou queda nos investimentos em saúde em 2015, durante o auge da crise econômica. Em 2014, São Vicente aplicava, em média, R$ 445,97 na saúde per capita. De lá para cá, esse número tem caído. Em 2015, o gasto foi de R$431,14; no ano seguinte, ficou em R$ 370,99; e, por fim, em 2017, fechou o ano em R$ 366,37.
Maiores investimentos também registraram queda. Os municípios com melhores números foram Cubatão e Bertioga. Entretanto, os recursos têm diminuído ao longo dos anos. Em 2014, a primeira gastava R$ 1.580,78 por habitante, enquanto a segunda aplicava R$ 1.340,15 por cidadão. Em 2017, esses números ficaram em R$ 956,36 e R$ 843,37, respectivamente.
Queda de quase R$ 160 em quatro anos
Em média, o investimento em saúde por habitante na Baixada Santista reduziu em R$ 157,52 no período de quatro anos. Se, em 2017, o número ficou em R$ 629,52, em 2014, o valor era maior: R$ 787,04. Além disso, em 2017, foi a primeira vez que nenhum munícipio da região atingiu R$ 1 mil de gasto per capita na área.
Ranking nacional
Com apenas 839 habitantes, o município de Borá (SP) lidera o ranking de gastos per capita na saúde, com R$ 2.971,92 gastos em 2017. Em segundo lugar, aparece Serra da Saudade (MG), cujas despesas em ações e serviços de saúde alcançaram R$ 2.764,19 por pessoa.
Na outra ponta, entre os que tiveram menor desempenho na aplicação de recursos, estão três cidades de médio e grande porte, todas situadas no estado do Pará: Cametá (R$ 67,54), Bragança (R$ 71,21) e Ananindeua (R$ 76,83).
Entre as capitais, Campo Grande assume a primeira posição, com gasto anual de R$ 686,56 por habitante. Em segundo e terceiro lugares, estão São Paulo e Teresina, onde a gestão local desembolsou, respectivamente, R$ 656,91 e R$ 590,71 por habitante em 2017.
Já as capitais com menor desempenho são Macapá, com R$ 156,67; Rio Branco, com R$ 214,36; e Salvador e Belém, ambas com valores próximos de R$ 245 por pessoa.
Gasto per capita em Ações e Serviços Públicos de Saúde com Recursos Próprios dos Municípios
Cidade | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | População |
Bertioga | R$1.370,71 | R$1.340,15 | R$1.163,79 | R$926,85 | R$843,37 | 59.297 |
Cubatão | R$1.609,97 | R$1.580,78 | R$1.600,77 | R$1.261,44 | R$956,36 | 128.748 |
Guarujá | R$637,25 | R$567,86 | R$546,55 | R$486,17 | R$527,96 | 315.563 |
Itanhaém | R$593,68 | R$578,04 | R$ 568,57 | R$564,15 | R$556,48 | 98.629 |
Mongaguá | R$585,38 | R$543,01 | R$550,96 | R$580,63 | R$ 532,53 | 54.257 |
Peruíbe | R$719,26 | R$796,74 | R$713,88 | R$654,03 | R$645,24 | 66.572 |
Praia Grande | R$492,94 | R$488,06 | R$446,73 | R$476,61 | R$469,39 | 310.024 |
Santos | R$725,24 | R$742,82 | R$ 762,41 | R$784,89 | R$768,04 | 434.742 |
São Vicente | R$391,68 | R$445,97 | R$431,14 | R$ 370,99 | R$366,37 | 360.380 |