Baixada Santista deve seguir na fase amarela do Plano SP: 'É cedo para fase verde'

A opinião é do presidente do Condesb e prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa. Estado atualiza dados nesta sexta-feira (24)

Por: Matheus Müller  -  24/07/20  -  11:49
Comércio varejista amargou queda próxima a 7% no Dia dos Pais
Comércio varejista amargou queda próxima a 7% no Dia dos Pais   Foto: Matheus Tagé/AT

A Baixada Santista tem tudo para continuar na fase amarela no Plano São Paulo, que estabelece regras para regiões avançarem nos processos de flexibilização e retomada econômica. Nesta sexta-feira (24), o Governo Estadual divulgará a atualização para cada área do Estado.


O prefeito de Santos e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), publicou nesta quinta-feira (23), a rede social Twitter, que “ainda é cedo para falarmos da Baixada Santista na fase verde. Alcançarmos a fase amarela exigiu um grande esforço e nos mantermos nela é um desafio ainda maior”.


O secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz, explicou que cinco quesitos são avaliados para apontar a mudança de fase: ocupação de leitos, vagas de UTI para Covid-19, novos casos da doença, internações e mortes. Desses, a região apresenta índices que a classificariam para a fase verde nos três primeiros.


Entretanto, os números de mortes e internações ainda estão dentro dos padrões da fase amarela. Ferraz destaca que cada item tem um peso na avaliação. Para internações, por exemplo, há relevância maior. “Se só ele cair para a fase laranja, a Baixada pode retroceder à fase laranja.”


O percentual de ocupação de leitos tem o mesmo peso das internações na apuração dos dados. O secretário destaca que neste quesito, ao menos por enquanto, a região está bem distante da fase laranja. A região tem cerca de 45% das vagas ocupadas.


Manutenção


Da forma como o prefeito comemorou a possível manutenção da Baixada na fase amarela, o mesmo fez o secretário de Saúde de Santos. Segundo ele, a permanência nesse estágio do Plano São Paulo só é possível se os números se mantiverem em queda.


“Estar no amarelo significa que a gente melhorou em relação à semana anterior. As pessoas têm a impressão de que estamos iguais, mas não. Tem que ter números menores. Na semana passada, tivemos 128 internações e, para nos mantermos no amarelo, temos que ter ,no máximo, 127 internações. Com 128, voltamos à laranja.” 


Reforçar o distanciamento


Ferraz ressalta que, apesar dos números em queda, o resultado desta semana poderia ter sido melhor. Ele entende que a população tem desempenhado um bom papel, mas que situações como as praias lotadas aos finais de semana contribuem para a propagação do vírus, o que adia a migração da fase amarela à verde. 


“A gente poderia ter diminuído mais, se a população tivesse uma cautela maior. De forma geral, (as pessoas) têm tido, realmente, uma leitura muito ampla da pandemia e real compreensão das necessidades de proteção”, diz. 


O secretário aponta maior procura por unidades de saúde após a lotação das praias no domingo retrasado. “É absolutamente lamentável. A gente percebe nitidamente, entre cinco e dez dias, após um episódio como aquele, maior nível de necessidade de internação.” 


Ferraz elogiou a conduta do comércio quanto aos protocolos de segurança e a população, por buscar centros comerciais e shoppings de forma moderada.


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