Baixada Santista avalia antecipar retorno das aulas presenciais

Decisão do governo do Estado de São Paulo, desta quinta-feira (20), repassa às prefeituras a decisão sobre o retorno das aulas presenciais na rede municipal e privada de ensino

Por: Eduardo Brandão  -  23/08/20  -  17:44
Ainda não há previsão para o retorno das aulas no Município
Ainda não há previsão para o retorno das aulas no Município   Foto: Divulgação/Prefeitura Municipal de Mongaguá

A maioria das cidades da Baixada Santista ainda não bateu o martelo sobre o retorno das aulas presenciais das redes pública e privada de ensino. Exceto Praia Grande e Cubatão, que já descartaram a antecipação do regresso escolar neste ano letivo, as demais administrações locais afirmam aguardar a evolução dos casos de Covid-19 nas próximas semanas para definir uma eventual data de retomada das atividades físicas nas Educação.  


Um planejamento regional deve ser estabelecido por meio do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), ainda sem data. 


Por determinação do governo paulista, desta quinta-feira (20), caberá às administrações municipais determinar o regresso dos alunos às salas de aulas físicas. A previsão é que as escolas possam reabrir parcialmente a partir de 8 de setembro, caso todas as regiões estaduais estejam, no mínimo, quatro semanas (28 dias) na fase amarela do Plano SP, que prevê a retomada da economia. 


Segundo o vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM), cada uma das 645 prefeituras de São Paulo terá autonomia para decidir se vão ou não acompanhar o cronograma previsto pelo Estado para o retorno presencial às aulas nas redes pública e privada.  


A Secretária de Estado da Educação estabeleceu duas datas para a abertura gradual das escolas públicas paulistas. A partir do dia 8 de setembro, atenderia apenas alunos com mais dificuldade de aprendizado em atividades de reforço. Já a retomada gradual dos demais matriculados é prevista para 7 de outubro. 


Na região 


Santos, por exemplo, afirma que o possível retorno gradual e presencial das aulas será realizado com o aval da Secretaria de Saúde e demais órgãos competentes, de acordo com as medidas sanitárias do Plano São Paulo, do Governo do Estado. 


Em nota, a Secretaria Municipal da Educação (Seduc) informa que foram criados dois grupos de discussão e estudos para planejar o retorno. Um é a Comissão Escolar (Portaria 39/2020 – Seduc), formada para gerenciar as ações e estratégias realizadas nas unidades durante a pandemia, com representantes das equipes gestoras das escolas, supervisores, professores e técnicos da Seduc.  


O outro é o Comitê Intersetorial (Portaria 87/2020 – GPM), composto por membros das secretarias de Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Gestão, Conselho Municipal de Educação e Escolas Particulares. Todos os setores e membros da comunidade escolar estão sendo envolvidos no intuito de planejar da melhor maneira possível o retorno, caso exista situação favorável para isso.  


“Estão sendo estudados vários quesitos como a porcentagem de alunos que serão atendidos diariamente, estratégias para entrada e saída dos estudantes e refeições, horários das aulas, sinalização necessária nos espaços, entre outras medidas que garantam a segurança de todos. Haverá medição de temperatura, tapete sanitário, distribuição de máscaras de pano para os alunos e equipes das escolas (funcionários e professores), mural de informações e outras medidas”, destaca o comunicado. 


A Seduc diz ainda ter realizado uma consulta pública com pais e responsáveis de alunos das escolas municipais e entidades subvencionadas de educação infantil. “Os dados irão auxiliar e reforçar os estudos que estão sendo feitos pelos grupos técnicos”, cita.  


Segundo maior rede municipal de ensino da região, São Vicente informa que as aulas só voltam à forma presencial quando houver garantia total de preservação da saúde dos 47 mil alunos, 2,3 mil professores e 1,5 mil funcionários que atuam nas unidades de ensino da rede municipal. Parta isso, elabora "um planejamento seguro que não comprometa as condições de saúde pública”.  


A administração vicentina diz que, no último dia 10, ter iniciado consulta sobre o assunto junto aos pais. “Até o momento, 80% responderam "não" ao retorno das aulas presenciais este ano. A pesquisa seguirá até o final deste mês”. 


Guarujá também descarta o retorno no próximo mês das aulas presenciais na rede municipal de ensino. “Com muita cautela e prudência, a pasta (da Educação) analisa a conjuntura atual da pandemia com base nas informações dos especialistas e da Comissão Mundial de Saúde (CMS), para eventual retorno”, cita, em nota. 


Uma comissão mista (com representantes da área da saúde, assistência social, educação, sindicatos dos professores e servidores municipais) foi instituída na cidade para discutir o tema. O órgão vai estabelecer “um protocolo orientando sobre todos os cuidados de retorno, busca ativa e acolhimento”, cita, em nota.  


Em Cubatão, as aulas presenciais na rede pública municipal de ensino só retornarão em 2021. Os detalhes do novo calendário ainda serão definidos. “A prefeitura está em constante discussão com todas as partes envolvidas – pais, representantes dos profissionais, Poder Legislativo, Autoridades de Saúde, Conselhos Municipais, entre outros, para juntos definir o posicionamento mais seguro”, diz, em nota, a secretaria municipal de Educação. 


As administrações do Litoral Sul – Peruíbe, Itanhaém e Mongaguá – destacam que a data para o retorno às aulas presenciais ainda não foi definida. Cenário também indicado por Bertioga. 


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