ATribuna.com.br traz dicas para o aluno reaproveitar o material escolar em 2021
Uma das melhores formas para economizar é pedir orçamento da lista de material em diferentes locais, e comprar em grupos
Às vésperas do início do ano letivo, seja remoto ou presencial, algo que não deve mudar nas casas que têm crianças e jovens em idade escolar é a organização do material para as aulas. Este ano, porém, antes de sair às ruas – ou aos sites – para comprar os itens, os pais devem olhar com atenção para o que pode ser reaproveitado. Afinal, com o ensino remoto no ano passado, muitos objetos estão praticamente novos.
“Para ajudar na pesquisa, porque os preços variam muito, o consumidor pode pedir orçamentos da lista de material em diferentes lojas. As compras coletivas são uma boa opção para conseguir descontos e também dentro deste contexto de pandemia, já que uma pessoa vai comprar pelo grupo”, aconselha o professor universitário e advogado especialista em Defesa do Consumidor, Rafael Quaresma.
Porém, antes de sair às compras Quaresma orienta que os pais verifiquem se há sobra de material do ano passado. “A lista de 2020 foi feita sem pandemia, mas o ano letivo foi severamente afetado pela Covid-19. Então, em muitos casos, a sobra de material foi significativa e isso pode ser utilizado para este ano”.
Reaproveitamento
Na casa da jornalista Fabiana Honorato, alguns itens já estão sendo riscados da lista de compras. Mãe do Lucas, de 12 anos, e da Lara, de 10, Fabiana está revisando todo o material de 2020. “Ano passado, a dinâmica foi diferente. Não digo que foi ruim porque não aprendemos apenas escrevendo, mas eles usaram muito mais a tela. Então, alguns itens foram pouco utilizados”, explica. Com a sala de aula transformada na sala de casa e as tarefas sendo realizadas no editor de textos do computador, lápis de cor, canetinhas, estojo e a mochila estão praticamente prontos para mais um ano.
Fabiana afirma que os próprios filhos perceberam que poderiam reutilizar alguns objetos, mas confessa que com a Lara, que gosta do ritual de todo o ano ter o material novo, teve que encontrar estratégias. “Encomendei algumas etiquetas personalizadas e combinamos de customizar os cadernos. Também escolhi determinados itens diferentes para comprar e ela acabou gostando”, conta.
Orientações
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) alerta que itens de uso coletivo, como de higiene e limpeza, não devem ser solicitados pelas escolas. Nem mesmo itens como álcool em gel, que devem ser disponibilizados.
O órgão também frisa que as instituições de ensino não podem exigir marcas ou locais de compra específicos, o que configura venda casada e é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor.
O Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF) recomenda que, sobretudo no contexto da pandemia, os pais verifiquem com a escola a cobrança repetida de materiais que não foram utilizados em 2020, devido à suspensão das aulas e do fechamento das instituições de ensino. “É esperado que a lista escolar seja menor e mais barata esse ano, com o reaproveitamento de itens que não foram utilizados no ano passado”, assinala o órgão.
