Acidente de Campos completa um mês ainda sem respostas

Segundo o delegado seccional da polícia de Taubaté, José Antonio de Paiva Gonçalves, ainda não há previsão para que o documento seja concluído

Por: Da Redação  -  11/07/19  -  12:56
Atualizado em 11/07/19 - 13:00
Laudo da perícia, prometido para 15 dias, ainda não saiu após 1 mês
Laudo da perícia, prometido para 15 dias, ainda não saiu após 1 mês   Foto: Douglass Fagundes//Futura Press/Estadão Conteúdo

O acidente trágico envolvendo um ônibus de turismo que saiu da Baixada Santista para Campos do Jordão completou um mês na terça-feira (9) e, até o momento, o laudo da polícia sobre o veículo ainda não está pronto. A família de uma das vítimas reclama do desamparo por parte da empresa de transporte.


Segundo o delegado seccional da polícia de Taubaté, José Antonio de Paiva Gonçalves, ainda não há previsão para que o documento seja concluído. “Foi necessário mais tempo além dos 15 dias dados como prazo inicial. O objetivo é entregar tudo o mais rápido possível, mas são muitos detalhes”.


O acidente, que deixou 10 pessoas mortas e 51 feridos, aconteceu próximo ao km 31,6 da Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123), no trecho de serra em Pindamonhangaba, sentido São Paulo. O ônibus capotou atingindo cinco carros. De acordo com testemunhas, o coletivo ficou desgovernado após ficar sem freio.


Como Yago Mange, de 25 anos, oito das dez vítimas eram da região. O jovem, que morava em Cubatão, havia viajado com a namorada, Camilla Rodrigues, para celebrar o Dia dos Namorados.


Desde a perda do filho, Amarildo Mange tenta seguir com a rotina, mas as lembranças são constantes. “É uma perda dolorosa. Era um rapaz de vitalidade que foi dar um passeio. Estava crescendo na empresa em que trabalha, tinha planos de casar. É muito difícil”.


O pai diz que conversa todos os dias com a família de Camilla e, juntos, tentam superar a perda do jovem casal. “A ligação entre nós é muito forte. Eles têm todo nosso carinho e amor”.


Desamparo


Aliada à dor, Amarildo carrega a sensação de desamparo. Segundo ele, no dia do acidente a empresa responsável pelo ônibus disse que prestaria apoio, mas isso não aconteceu.


“Eles deram um telefone para falar sobre o seguro DPVAT. De lá pra cá, nada mais. Ninguém fala nada, ninguém chama a gente pra nada, cada um se vira como dá”.


A defesa da viação Brasil Santana informou que a empresa tem um telefone só para atender os familiares das vítimas do acidente. Segundo eles, a empresa, desde o primeiro momento, é solidária às vítimas.


Desgovernado


De acordo com testemunhas, o coletivo ficou desgovernado após ficar sem freio. Em nota enviada à época, a viação Brasil Santana informou que se colocava à disposição dos familiares, independentemente de análise de responsabilidade jurídica.


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