Novo presidente da Codesp demite assessores de Oliva

O grupo era formado por cinco funcionários em cargos comissionados na empresa

Por: Fernanda Balbino  -  10/11/18  -  11:41
José Alex Oliva foi detido pela Polícia Federal no dia 31 no Rio de Janeiro (Reprodução/TV Globo)
José Alex Oliva foi detido pela Polícia Federal no dia 31 no Rio de Janeiro (Reprodução/TV Globo)   Foto: Reprodução/TV Globo

Cinco pessoas que ocupavam cargos comissionados na Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) foram demitidas pela nova administração da empresa, na última quinta-feira (8). Todos trabalhavam em funções de confiança e diretamente com o ex-presidente José Alex Oliva, preso pela Polícia Federal (PF) na Operação Tritão. Outros três nomes já foram escolhidos para os cargos.


Entre os novos assessores da Autoridade Portuária está Rodrigo Mendonça de Lima. O executivo já atuou na Secretaria de Portos do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPAC).
Na lista também estão Roberta Paim e Carlos Eidam de Assis, que já atuou na Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Ambos ocuparão o mesmo cargo e começarão a trabalhar na Codesp na próxima segunda-feira (12).
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Portuária (Sindaport), Everandy Cirino dos Santos, criticou a nomeação de três executivos que não são funcionários da Docas.
“O presidente é ambidestro. Chutou com o pé direito quando recebeu os sindicatos logo no início da gestão, mas agora chutou com o pé esquerdo quando não colocou ninguém da casa nos cargos comissionados. Ele deveria se atentar ao que o Ministério do Planejamento indicou: a necessidade de reduzir o número de pessoas de fora”, afirmou o sindicalista.


Demitidos
Entre os demitidos, três eram assessores: Selma Martins Hernandez, Fernanda Souza Machado e Maria Cecília Inocêncio Prado, que era responsável pelo setor de comunicação da estatal. A secretária Rosangela de Souza Lima Duarte também foi exonerada.
O presidente da Docas, Luiz Fernando Garcia, ainda destituiu do cargo o superintendente do Gabinete da Presidência da Autoridade Portuária, Raul Moura de Sá.
Não há indícios de envolvimento desses profissionais no esquema de fraudes em licitações detectado pela Polícia Federal. Mas, diante da proximidade com Oliva – o Ministério Público Federal (MPF) suspeita que ele integrava uma suposta organização criminosa que atua no Porto de Santos – o novo presidente da Docas optou pelas demissões.
Entre os detidos, estão o ex-diretor de Relações com o Mercado e Comunidade da Docas Cleveland Sampaio Lofrano e o ex-superintendente Jurídico da Codesp Gabriel Nogueira Eufrásio.
“Muitos funcionários pagam o preço somente por estarem desempenhando seu trabalho na diretoria denunciada, seja trabalhador de carreira ou indicados de fora da empresa”, afirmou o vice-presidente do Sindaport, João de Andrade.


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