Eleição de Bolsonaro é vista como ‘oportunidade histórica’ nos EUA

Assessor de Donald Trump diz que relação bilateral entre países pode chegar a novo nível

Por: Da Agência Brasil  -  28/11/18  -  10:47
Atualizado em 28/11/18 - 10:50
Bolsonaro também informou que pretende valorizar o trabalho na área de inteligência
Bolsonaro também informou que pretende valorizar o trabalho na área de inteligência   Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Às vésperas de se reunir com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, classificou a vitória do político brasileiro como uma "oportunidade histórica" para as relações com o Brasil.


O encontro entre os dois está agendado para amanhã (29) pela manhã. Bolton lembrou que o presidente norte-americano, Donald Trump, foi o primeiro líder estrangeiro a parabenizar Bolsonaro pela eleição.


"Meu encontro com o presidente eleito Bolsonaro é um resultado da ligação do presidente [Donald] Trump para parabenizá-lo na própria noite da eleição [em 28 de outubro]", disse Bolton, em entrevista coletiva na Casa Branca.


"Eles [Trump e Bolsonaro] tiveram uma ligação telefônica realmente extraordinária, e acredito que desenvolveram uma relação pessoal, ainda que remotamente."


Relações podem ter novo nível


Segundo Bolton, Trump e Bolsonaro podem levar a relação bilateral a um novo nível. "Encaramos como uma oportunidade histórica para que o Brasil e os Estados Unidos trabalhem juntos em uma série de áreas, como economia, segurança e outras."


O assessor norte-americano afirmou também que deve ouvir "quais são as prioridades do presidente eleito, tentar responder a elas" e repassar as "opiniões do presidente Trump" para que, quando Bolsonaro chegar ao poder, em janeiro, "os dois líderes possam começar a trabalhar com parte do trabalho feito".


Há, ainda, a expectativa de que Bolton e Bolsonaro conversem sobre uma possível estratégia regional sobre as crises na Venezuela e a relação com Cuba.


Os dois também debaterão "uma estratégia regional para lidar com a influência política e econômica da China" na América Latina, sobre a qual os Estados Unidos aumentaram as críticas.


De acordo com a Agência EFE, é possível também que ambos ainda mencionem possibilidades de expansão das relações de comércio, investimento e negócios entre EUA e Brasil, além de alternativas para aperfeiçoar a segurança energética regional.


Bolton incluiu o Rio de Janeiro na visita à América do Sul, uma vez que participa da Cúpula de Líderes do G20, em Buenos Aires, com a presença de Trump.


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