Polícia apreende quase 18 quilos de droga em Santos
Entorpecente estava localizado próximo a escola municipal; um homem foi preso
No dia em que o Ministério da Segurança Pública e a Polícia Civil deflagraram no País a Operação Anjos da Lei para reprimir o tráfico de drogas dentro e nas imediações de escolas, policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos apreenderam quase 18 quilos de maconha próximo à Unidade Municipal de Ensino (UME) 28 de Fevereiro, no Saboó. Um homem foi preso.
Apelidado por Gordinho e com várias passagens por tráfico na época de adolescência, Cristiano Carvalho de Lima Neto, de 22 anos, nunca havia sido preso em flagrante após completar a maioridade penal. A primeira vez foi nesta terça-feira (13), durante a Anjos da Lei, em uma viela da Rua Cananeia, na Favela Pantanal, onde mora.
Ao perceber a chegada de policiais da DIG, ele jogou no chão uma sacola e entrou em sua casa. Na sacola havia três pequenos tabletes de maconha. Dentro do imóvel, foi apreendido um quarto tablete, igual aos demais, além de uma pequena porção a granel da erva. Em seguida, os investigadores foram até uma obra abandonado a cerca de cinco metros da moradia de Gordinho.
Quinze tijolos e dois tabletes de maconha, totalizando 17,5 quilos, foram achados debaixo de uma pilha de entulho na obra abandonada. A equipe do delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior e do investigador Paulo Carvalhal já apuravam informação de que Gordinho utilizava a construção para esconder entorpecentes a serem comercializados na favela.
A droga achada na obra estavam em uma mochila. A maconha apreendida na casa de Gordinho e na sacola que ele dispensou totalizou cerca de 300 gramas. Conduzido à DIG, o acusado foi autuado em flagrante por tráfico agravado pelo fato de o crime ocorrer nas dependências ou imediações de estabelecimentos de ensino. Nesta hipótese, a pena varia de cinco anos e dez meses a 25 anos de reclusão.
Balanço nacional
Nos 26 estados da federação e no Distrito Federal, segundo o delegado Emerson Wendt, presidente do Conselho Nacional de chefes da Polícia Civil e coordenador da Operação Anjos da Lei, foram presas 166 pessoas, entre as quais 21 adolescentes.
Esta é a 4ª operação nacional realizada desde maio pela Polícia Civil. A primeira operação foi a Luz da Infância, de combate à pedofilia, com 251 prisões. Em agosto, houve a Operação Cronos, com 3,3 mil prisões. E a última operação foi a Midas, em setembro, com enfoque no combate a crimes patrimoniais, como roubo e latrocínio. Nesta, foram mais de 4 mil prisões e apreensões no País.
De acordo com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o objetivo é evitar que os jovens sejam recrutados pelos traficantes de drogas. “Nós sabemos que, infelizmente, o tráfico ronda as nossas escolas, ronda os estudantes e busca sobretudo, desde idade tenra, levar jovens e estudantes a usarem drogas”.
