Fundo quer captar R$ 4 milhões na região para impulsionar startups

Modalidade venture builder é voltada a negócios no estágio inicial, que têm maior dificuldade para atrair recursos

Por: Da Redação  -  09/02/20  -  14:30
Jorge Letra: Dinheiro é resultado do impacto da inovação no dia a dia
Jorge Letra: Dinheiro é resultado do impacto da inovação no dia a dia   Foto: Divulgação/Ivan Ferreira

Fundo de investimentos da modalidade venture builder, a FCJ Baixada Santista começou a captar recursos de investidores da região. A meta é atingir R$ 4 milhões e fomentar, nos próximos três anos, pelo menos 30 startups.  


“No futuro pretendemos que o número de projetos inovadores passe de 100, consolidando o ecossistema de startups na região”, afirma o COO (principal executivo de operações) da FCJ Baixada Santista, Santiago Carballo. 


Uma venture builder é uma pessoa jurídica que compartilha infraestrutura, marketing, jurídico e contábil, entre outros departamentos, funcionando na prática como fábrica de startup.  


Essa modalidade se diferencia de uma venture capital e de aceleradoras e das antigas incubadoras.  


Carballo, gerente-executivo da Incubadora de Santos nos anos 2000, afirma que a diferença é que o foco de uma venture builder está nas startups (estágio inicial), que geralmente não são atendidas pelos investidores anjo (quem aporta seu próprio capital em empresas com alto potencial de crescimento).  


Segundo a FCJ, a intenção é criar um ecossistema de projetos inovadores de negócios, apoiando as startups. 


A FCJ é parte da FCJ Venture Builder, holding de Belo Horizonte (MG) e pioneira dessa modalidade no País, segundo Carballo.  


“Santos e região têm um enorme potencial, pois o ecossistema local de startups ainda é embrionário”, diz o CEO da unidade da Baixada Santista, Thomaz Neto. 


“Há oportunidades para a nova economia nas mais variadas vertentes pois ainda temos negócios tradicionais e enraizados em velhos costumes”, conclui.  


O fundador da FCJ, Paulo Justino, conta que a venture builder vai buscar projetos inovadores.  


“Todo mundo está acostumado com venture capital, que investe dinheiro na inovação. O venture builder envolve empresas que desenvolvem e fabricam startups”, diz ele. 


Pisco elevado 


Justino afirma que a taxa de mortalidade com esse perfil é de 75%, provando o alto risco. Uma das metas, diz ele, é reduzir esse percentual.  


A holding tem hoje 15 Venture Builders em todo o país e Santos é a 16ª. São 42 startups no portfólio, 105 empreendedores e 128 investidores.  


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