Merendeiras podem entrar em greve no Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande

Categoria reclama de atraso no pagamento de benefícios e parcelamento em quatro vezes do 13º salário

Por: De A Tribuna On-line  -  26/11/18  -  20:52
Vítima foi encaminhada ao Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, mas morreu horas depois
Vítima foi encaminhada ao Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, mas morreu horas depois   Foto: Arquivo/AT

As merendeiras que trabalham dentro do Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, podem entrar em greve a partir de quarta-feira (28). Oalerta foi feito presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas deRefeições Coletivas da Baixada Santista e Litoral (Sintercub), Abenésio dosSantos.


Segundo o Sintercub,a empresa terceirizada JLA, responsável pelo fornecimento dealimentação no hospital, quer parcelar em quatro vezes o 13º salário dasmerendeiras e demais empregados. Além disso, a categoria reclama de atraso no pagamento do vale-transporte, da cesta-básica e do adiantamento quinzenal dosalário, previsto em acordo coletivo de trabalho.


Nesta segunda-feira (26), as merendeiras do turno da manhã realizaram em assembleia para definir os rumos da categoria no hospital. Segundo o presidente do sindicato, o café da manhã e o almoço para pacientes e funcionários foram prejudicados pela paralisação.


"O movimento foi muito positivo. O turno de hoje, de 24 pessoas, ficou praticamente todo fora da unidade. Ninguém foi trabalhar. Não teve almoço nem no Irmã Dulce. O que teve lá foi uma sopa feita pelas nutricionistas junto com um menor aprendiz, que não deveria nem estar fazendo comida", explicou Abenésio.


Na terça-feira (27), pela manhã, um novo movimento deve ser realizado para tratar dos atrasos por parte da empresaJLA. Caso a situação não seja resolvida, a categoria deve deflagrar a greve na quarta-feira.


Em nota,a Fundação do ABC, organização social (OS) responsável pela gestão do Complexo Hospitalar Irmã Dulce de Praia Grande, disse que não procedem as informações sobre paralisação do fornecimento de refeições aos pacientes ou mudanças nas dietas pré-estabelecidas. Segundo a organização, a alimentação para os pacientes internados é administrada normalmente.


A Fundação do ABC explicou que o fornecimento de refeições aos funcionários do Hospital Irmã Dulce sofreu paralisação por parte da prestadora de serviços, a empresa JLA.


A OS destacou que oComplexo Hospitalar Irmã Dulce de Praia Grande não recebeu, neste mês, o repasse financeiro do Governo do Estado de São Paulo, que deveria estar disponível no dia 15 de novembro. Dessa forma, a empresa JLA recebeu do Complexo Irmã Dulce o correspondente a 70% do pagamento do mês, referente à parcela quitada pelo Município, faltando saldar 30%, cuja origem é justamente o repasse estadual.


Na manhã desta segunda-feira, a diretoria do Complexo Irmã Dulce reuniu-se com a empresa JLA e foi acordada a retomada de 100% do fornecimento da alimentação mediante adiantamento de R$ 55 mil. O valor já foi depositado e o serviço deve ser normalizado ainda nesta segunda.


A reportagem entrou em contato com a empresa JLA, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.


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