Greve pode deixar escolas municipais sem merenda em Peruíbe

Cerca de 150 merendeiras se reúnem em assembleia para discutir paralisação

Por: De A Tribuna On-line  -  12/11/18  -  21:54

Cerca de 150 merendeiras se reúnem na noite desta segunda-feira (12) para uma assembleia que pode deflagrar uma greve e deixar as escolas municipais de Peruíbe sem merenda nos próximos dias. O motivo seria o atraso no depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e na entrega de cesta básica.


A denúncia foi feita pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Refeições Coletivas da Baixada Santista e Litoral (Sintercub), Abenésio dos Santos.


Prefeitura nega que haverá paralisação da categoria
Prefeitura nega que haverá paralisação da categoria   Foto: Divulgação

Dentre as reivindicações da categoria estão atrasos de quatro meses na entrega de cestas básicas. Ainda de acordo com o sindicalista, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) não é depositado desde o mês de abril.


Outro ponto levantado pelo Sintercub é o convênio médico. Segundo ele, o plano de saúde é de "péssima qualidade". A reclamação sobre o serviço é sobre mobilidade, porque, segundo o sindicalista, "a maioria das consultas só pode ser realizada em Santos ou em São Paulo, o que inviabiliza a a ida das servidoras ao médico".


De acordo com o sindicalista, uma assembleia foi marcada para as 18 horas, na sede do sindicato, para definir se haverá paralisação. Segundo ele, a categoria está disposta a negociar até quarta-feira (14), mas há possibilidade das paralisações começarem já nesta terça-feira (13).


Uma empresa chamada Chef Grill, que presta serviços de refeições e merendas à Prefeitura, é responsável por fornecer os vencimentos às servidoras. A Tribuna On-Line entrou em contato com a firma, que não foi encontrada.


Além disso, o Sintercub acusa a Prefeitura de ser "conivente" com os atrasos e a má qualidade do plano de saúde. A Administração Municipal afirmou, por sua vez, que "não há a intenção de paralisação das merendeiras das escolas municipais", mas afirmou que a Chef Grill é prestadora de serviço de merendas na cidade.


De acordo com o Município, o contrato da empresa com a Prefeitura está em caráter de excepcionalidade. A razão seria porque o processo licitatório que elegeu a Chef Grill estaria "em análise pelo Tribunal de Contas do Estado, após questionamento de uma outra empresa participante do certame".


Se houver paralisação, será a segunda vez que a categoria deflagra greve. A primeira vez foi em 1º de agosto de 2016, contra o atraso no pagamento dos salários de férias de julho e seus adicionais de 30%.


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